Victoza: tratamento do diabetes tipo 2, do sobrepeso…e de diabetes tipo 1?
Novo Nordisk revela se o Victoza, medicamento já consagrado no controle da glicemia no diabetes tipo 2, vale a pena como coadjuvante dos cuidados com o diabetes tipo 1.
O Victoza é uma opção eficiente no tratamento do diabetes tipo 2 e chegou há poucos anos aqui no Brasil. O medicamento facilita o controle da glicemia e ajuda a perder peso (veja mais vantagens no quadro ao final da matéria).
LIRAGLUTIDA PARA EMAGRECER?
LIRAGLUTIDA PARA EMAGRECER?
A liraglutida é, também, uma polêmica opção de emagrecedor. Saiba mais na matéria “Versão “antiobesidade” do Victoza é aprovada nos EUA“, do Diabeticool.
Por isso, havia a esperança de que a liraglutida pudesse ajudar a cuidar também do diabetes tipo 1. Testes prévios haviam mostrado que, em combinação com insulina, o princípio ativo seria capaz de diminuir as taxas de hemoglobina glicada de maneira segura.
Para comprovar a idéia, a Novo Nordisk iniciou há um ano uma série de testes clínicos, envolvendo mais de 1.400 pessoas com o tipo 1. Os voluntários mantiveram o tratamento com insulina tradicional, mas administraram também doses variadas do Victoza. Os resultados chegaram agora.
CONTROLE PERIGOSO
De acordo com a farmacêutica, a liraglutida não se mostrou eficiente no tratamento do diabetes – pelo contrário, tornou os cuidados ainda mais complicados. Isto porque doses mais altas de Victoza foram correlacionadas a mais episódios de hipoglicemias.SAIBA MAIS SOBRE A LIRAGLUTIDA
SAIBA MAIS SOBRE A LIRAGLUTIDA
Princípios ativos como a liraglutida fazem parte de um grupo de medicamentos para diabetes chamado de “terapias baseadas em incretinas”.
Mais modernos, estes medicamentos trazem diversas vantagens a quem convive com o diabetes. Três das principais são a diminuição da fome (o que contribui para a perda de peso e, com isso, o melhor controle da glicemia), a redução nos valores de hemoglobina glicada e o fato de dificilmente provocarem hipoglicemias, já que o medicamento não age quando a quantidade de açúcar no sangue está baixa.
No caso dos experimento mencionados nesta notícia, lembre-se que a liraglutida foi utilizada junto à insulina. O efeito combinado das duas é a possível causa das hipos nos voluntários.
Apesar do medicamento ter ajudado, de fato, a diminuir as taxas de hemoglobina glicada e a auxiliar na perda de peso, induzir hipoglicemias é grave o suficiente para que seu uso seja cancelado.
“Nós estamos decepcionados, já que acreditávamos no potencial de dar às pessoas com diabetes tipo 1 uma nova opção de tratamento. Nós continuaremos a investir em novidades para este grupo de pessoas”, disse Mads Thomsen, vice-presidente da Novo Nordisk.
+ ENTENDA POR QUE AS HIPOGLICEMIAS SÃO PERIGOSAS
Remissão do diabetes tipo 2 é uma realidade cada vez mais frequente, afirmam entidades médicas
Um dos termos mais procurados junto com “diabetes” é “cura“. Afina…