vc repórter: grupo faz evento de conscientização sobre a diabetes em SP
O grupo Blue Power organiza um encontro no próximo sábado para celebrar por antecipação o Dia Mundial da Diabetes, tradicionalmente comemorado no dia 14 de novembro. Os organizadores criaram um evento via Facebook no qual orienta os participantes a irem vestidos de azul, cor que simboliza a doença.
“A idéia é reunir os amigos, fazer novos e ir vestido de azul para tirar foto e gerar um impacto no local para despertar o interesse das outras pessoas sobre o assunto”, diz a página do evento, que deve acontecer a partir das 20h na praça de alimentação do Bourbon Shopping, na zona oeste de São Paulo.
O Dia Mundial da Diabetes é celebrado anualmente com ações e campanhas de prevenção em vários países. De acordo com dados da Federação Internacional da Diabetes (IDF, na sigla em inglês), a doença atinge pelo menos 371 milhões de pessoas no mundo e 50% de seus portadores não sabem que têm a doença. O Brasil ocupa o 4º lugar neste ranking com 13,4 milhões de portadores, atrás apenas de China, Índia e Estados Unidos.
O diabetes
A diabetes é a incapacidade do pâncreas em produzir a quantidade de insulina necessária e, consequentemente, causa um aumento anormal do açúcar ou da glicose no sangue. O especialista João Cesar Castro Soares, endocrinologista do Spa Fazenda Igaratá, explica que doença pode causar algumas complicações como amputação de membros, cegueira definitiva e longo prazo para tratamento de dialise. “Entretanto, nunca é tarde demais para descobrir e tratar a doença”, diz. Existem alguns métodos preventivos para a doença: “hábitos de vida, controle do peso, dieta alimentar balanceada, atividade física regular e ter controle periódico médico para controlar os níveis glicêmicos”, conta.
Alguns acontecimentos podem ser sinais da doença: vontade de urinar diversas vezes, cansaço inexplicável, muita sede, aumento do apetite, perda de peso, visão embaçada, câimbras, formigamento dos pés e infecções na pele.
Conheça os tipos de diabetes e como cuidar da doença.
Tipos de diabetes
Tipo 1: mais frequente em crianças e adolescentes que desenvolvem anticorpos contra o próprio pâncreas.
Tratamento: insulina injetável
Tipo 2: mais frequente em obesos, idosos e em pessoas com genética favorável. “Indivíduos com histórico familiar precisa de uma atenção ainda maior”, explica Soares. Essas pessoas tem resistência à insulina e o metabolismo da acaba necessitando de uma quantidade ainda maior de insulina.
Tratamento: hipoglicemiantes orais, em comprimidos e injetáveis
Segundo o médico Rodrigo Siqueira, endocrinologista da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, a diabetes pode acontecer em qualquer idade. “Certamente a diabetes de bebês recém-nascidos é mais complicada pela dificuldade do controle da doença, em virtude da necessidade da aplicação de doses muito baixas de insulina”, explica. Os riscos aumentam em pessoas obesas e sedentárias.
Diferente do que muitos dizem, a diabetes não pode levar ao câncer, mas pode agravar quem já tem. “Estudos epidemiológicos mostraram que a coexistência de diabetes e câncer aumenta a mortalidade em certos tipos de câncer”, explica Siqueira. A doença é metabólica crônica, portanto não tem cura. Por isso, as pessoas que sofrem de diabetes devem seguir o tratamento adequado.
Dieta especial
Os diabéticos precisam de uma alimentação específica e personalizada. Doces e açúcar refinados devem ser cortados do cardápio porque aumentam a absorção de insulina e a glicemia tende a subir causando um quadro de hiperglicemia.
Segundo a nutricionista Paula Fernandes Castilho, especialista em Nutrição Clínica, todos os alimentos ingeridos devem ser integrais e diets. “As comidas possuem índices glicemicos baixo, médio e moderado. O alto jamais deve ser consumido”, explica.
Os alimentos diet têm a restrição de determinado ingrediente, já o light tem a redução desse ingrediente. “No caso do diabético, ele deve consumir alimentos com restrição de carboidrato. Olhe sempre o rótulo, pois nem sempre o diet tem a restrição de carboidrato e sim de glúten ou alguma outra substância”, conta.
A nutricionista Cristina Grandjean, que trabalha com a dieta dissociada, aponta a gordura como o grande vilão da doença. “Açúcar e frituras estão proibidos. Saladas de folha, legumes, coisas integrais e frutas estão liberados”.
Cristina também alerta que frutas como mexerica e laranja não são boas para diabéticos. Já melancia, abacaxi, melão, morango e acerola são ótimas. Apesar de conhecerem os riscos da doença, alguns diabéticos tentam “quebrar as regras”. “Esse papo de contagem de carboidratos não dá certo. Diabético come escondido e a insulina que o médico dá para eles é baseada nessa contagem. Pode ser muito perigoso”, alerta a nutricionista.
Segundo Cristina, a dieta tem que ser de 1800 calorias por dia, divididas em seis pequenas refeições, mas a quantidade de carboidratos deve ser a metade do que uma pessoa sem diabetes pode ingerir e o carboidrato e as proteínas devem ser ingeridos em diferentes refeições. “Pode comer pão, margarina, leite com café, arroz, feijão e doces. Mas tudo integral ou light”.
Cuidado com as frutas
As frutas possuem açúcar natural, chamado frutose e, se ingerido demais, pode interferir na glicemia. Se o diabético quiser comer uma salada de frutas, o indicado é misturar no máximo três tipos diferentes e ingerir apenas duas colheres de sopas. A regra não é diferente para os sucos.
Fonte: Terra
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