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Update nos remédios para diabetes

Como andam os medicamentos milagrosos anunciados ano passado e quais são as novidades no mercado dos remédios contra o diabetes?

Albiglutide, a promessa cumprida

Em julho de 2012, o Diabeticool informou que a farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK) preparava-se para pedir a autorização do governo americano para a comercialização de seu novo remédio de combate ao diabetes, chamado de albiglutide. De fato, o pedido foi realizado ontem. Espera-se que em pouco tempo a droga esteja nas prateleira das farmácias dos EUA e que chegue ainda este ano nos demais países, incluindo o Brasil.

O albiglutide é a aposta da GSK para entrar no mercado de medicamentos do tipo GLP-1, já saturado com concorrentes de peso como o Victoza da Novo Nordisk, o Byetta da Eli Lilly e o Bydureon, da empresa farmacêutica Bristol-Myers Squibb. Analistas acreditam que o albiglutide terá dificuldades em consolidar as vendas e prevêem retornos modestos pelos próximos 5 anos. Ainda assim, a GSK investe na novidade como parte de um projeto de renovação de seu portfólio de medicamentos. Os diabéticos, é claro, agradecem a sempre bem-vinda concorrência, que costuma diminuir os preços dos remédios em competição.

E ainda mais remédios estão a caminho!

De acordo com a nossa matéria do ano passado, “os últimos testes clínicos mostraram maior eficiência do novo remédio [albiglutide] em comparação com as pílulas Januvia, da Merck & Co’s, além de notarem que ele não produziu sinais de riscos cardiovasculares elevados.” Se, por um lado, a novidade da GSK para os diabéticos não apresenta riscos para o coração, por outro um novo remédio que a Johnson & Johnson também pretende ver aprovado pode não ser assim tão benéfico. As autoridades de saúde do governo americano têm ressalvas quanto aos seus possíveis efeitos colaterais.

 

FDA invoca com o Invokana – e com razão

A inovação da Johnson & Johnson para quem está com diabetes é uma droga chamada de canagliflozina e que chegará às farmácias com o nome comercial de Invokana. Ela fará parte de um novo grupo de medicamente contra o diabetes, o dos inibidores de SGLT2. Apesar do nome inescrutável, vale a pena saber como eles funcionam. O Invokana será capaz de diminuir a glicemia em diabéticos fazendo com que o açúcar extra no sangue seja eliminado através da urina. Quando o sangue passa pelos rins, 90% da glicose contida nele é reabsorvida. Este mecanismo só é possível devido a uma proteína conhecida como SGLT2. Quando ela é inativada – como ocorre no caso do Invokana -, a glicose não é reabsorvida e é eliminada do corpo pela urina.

Em teoria, o funcionamento do Invokana é perfeito. Na prática, porém, problemas apareceram logo nos primeiros dias de testes com cobaias humanas. O painel da FDA (a “ANVISA” dos EUA) que julgou se o Invokana poderia ou não ser comercializado ficou dividido. Dos quinze juízes, dez votaram a favor da liberação do medicamento. Os outros cinco apresentaram sérias dúvidas quanto a possíveis efeitos colaterais severos nos usuários.

Durante os primeiros 30 dias de testes clínicos do Invokana envolvendo pacientes com alto risco de desenvolverem doenças cardiovasculares, 13 pessoas tiveram, de fato, algum problema cardiovascular de alta gravidade. No grupo controle, apenas uma pessoa teve problemas de saúde. Todavia, nos dias posteriores, a situação se normalizou e nenhuma diferença foi observada entre os pacientes dos dois grupos.

Os rins são o alvo da ação do novo remédio para diabetes da Johnson & Johnson.

Problemas cardiovasculares não foram os únicos a atormentar quem fez os testes clínicos com o Invokana. Foram medidos níveis maiores do “colesterol ruim” (LDL) nestes pacientes após o tratamento com o novo remédio. E mais: as evidências científicas indicam que pessoas com problemas renais não devem ingerir a droga, que abusa um pouco da funcionalidade do órgão.

Apesar destes poréns, analistas acreditam que o Invokana será, sim, aprovado pela FDA, o que deve acontecer no final de março deste ano. De acordo com eles, o inovador medicamento para diabetes pode gerar lucros de até dois bilhões de dólares anuais à Johnson & Johnson.

 

3 Comentários

  1. sou diabetico ´tipo 2 há 30 anos é muito dificil manter tratamento, controle pelo seu alto .

  2. Sou diabetico a mais de 30 anos e sempre tive dificuldades no controle. Hoje uso FORXIGA, assoxiado ao Diamicron e Lipstat. Meu açucar de 185 caiu para 100/108 meu triglicerideo de 380 para 136. Detalhe, não faço dieta sou rebelde, Meu médico Dr. Alvaro Afonso também me passou o pregnenalone e Vitamina D 5.000IU Muito bom tudo.

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