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Um bafômetro que detecta diabetes?

Novidade da Toshiba, bafômetro dirá se a pessoa tem doenças estomacais, intestinais e diabetes, além de sugerir exercícios físicos e mudanças na alimentação.

Garota demonstra uso do novo bafômetro: a máquina ainda é grande, porém versátil e poderosa.

Há muito mais no hálito do que supõe nossa vã filosofia.

Toda vez que expiramos, junto com o ar saem diversas outras moléculas que, por terem vindo diretamente do interior do corpo, podem contar diversos segredos do que está acontecendo dentro de nós.

A empresa japonesa Toshiba, famosa por seus equipamentos eletrônicos, pretende utilizar estas moléculas que vêm junto com nosso hálito em um novo bafômetro, capaz de detectar muito mais do que a quantidade de álcool ingerido.

O anúncio do bafômetro foi feito na semana passada. Com início da produção marcado para o ano que vem, o novo equipamento utiliza um raio laser especial para analisar o hálito, capaz de detectar diversas moléculas. A partir delas, será possível prever doenças – entre elas o diabetes – e sugerir novos modelos de dietas e exercícios físicos – além, é claro, de detectar quanto álcool foi bebido.

A seguir, compilamos uma lista do que o bafômetro será capaz de detectar no hálito quando for lançado:

  • Acetaldeído – gerado no corpo após a ingestão de álcool. É ele que causa a ressaca e é utilizado como base do exame do bafômetro nas estradas.
  • Acetona – indicador de obesidade e diabetes, por ser um intermediário do metabolismo de ácidos graxos.
  • Monóxido de carbono – um gás muito tóxico ao organismo e que indica o quanto a pessoa anda fumando.
  • Metano – gás liberado por bactérias intestinais. Poderá ajudar a entender como anda a saúde do intestino da pessoa analisada.
  • Óxido nítrico – gás decorrente de inflamações nas vias aéreas. Poderá ser utilizado a fim de diagnosticar asma.
  • Dióxido de carbono 13C – molécula produzida pela bactéria Helicobacter pylori, associada a problemas gastro-intestinais como úlceras e câncer de estômago.

“Nós enxergamos um enorme potencial no bafômetro, desde medir a eficiência na saúde de regimes de exercícios físicos e suplementos nutricionais até fazer diagnósticos”, disse Naoko Toyoshima, especialista em tecnologia da empresa japonesa. “Nós vamos criar novas colaborações com Universidades e hospitais para construir uma base de conhecimento de análises do hálito e dar suporte a aplicações práticas e de amplo espectro”, completou.

A Toshiba iniciará no dia primeiro do próximo mês uma colaboração com a Universidade Waseda, um dos centros de excelência em pesquisa tecnológica no Japão, para determinar em detalhes como a quantidade de acetona exalada no hálito se correlaciona ao metabolismo de gorduras.

A esperança da empresa é que, no futuro próximo, uma simples baforada em sua máquina dará um diagnóstico razoavelmente acurado de alguns problemas de saúde, além de sugerir mudanças comportamentais que poderiam melhorar a saúde da pessoa.

Será que em breve o diagnóstico do diabetes será feito apenas com um assopro?

 

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