Tipo 1: 20% dos jovens têm complicações sérias antes do diagnóstico
Quando os sintomas iniciais do diabetes tipo 1 são ignorados, crianças podem desenvolver complicações sérias da doença antes mesmo de saberem que têm diabetes.
Após certa idade, todo mundo passa a prestar mais atenção na própria saúde. Conforme envelhecemos, reconhecemos que o corpo humano, às vezes, não funciona direito mesmo. Qualquer dorzinha diferente já é motivo para alarme. Este tipo de atitude, naturalmente, é rara em crianças, que ainda não se depararam com muitos problemas de saúde e que ignoram (ou não compreendem) alterações no corpo que podem indicar uma doença.
De acordo com um levantamento divulgado esta semana, 20% de todas as crianças e jovens com diabetes tipo 1 ignoram os sintomas iniciais da doença por tanto tempo que acabam desenvolvendo complicações sérias antes mesmo de serem diagnosticados com o diabetes.
A descoberta veio de um relatório do Royal College de Pediatria e Saúde Infantil (RCPCH), da Inglaterra, que pesquisou o histórico de saúde de mais de 25 mil jovens ingleses com menos de 25 anos de idade.
Segundo o texto, a complicação mais comum de ser descoberta antes do diagnóstico do diabetes é a cetoacidose diabética.
A cetoacidose é um problema sério de saúde e ocorre quando o corpo fica por muito tempo sem insulina suficiente para levar o açúcar do sangue às células. Os sintomas da cetoacidose são vômitos freqüentes, desidratação, confusão mental, dificuldade para respirar e, quando em grau elevado, até mesmo o coma.
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A cetoacidose não aparece de repente. Ela é uma conseqüência de muitos meses (às vezes anos) de descuido no controle da glicemia. Uma criança ser diagnosticada com cetoacidose antes mesmo de saber que está com diabetes indica que ela conviveu durante um bom tempo com os sintomas do diabetes, porém eles nunca foram levados ao conhecimento de um profissional da saúde qualificado.
“Cuidar do diabetes na infância é um problema complexo, que requer colaboração íntima e uma parceria entre a criança, a família e as equipes médicas. Dar entrada no hospital por causa de uma complicação aguda, como a cetoacidose diabética, em uma criança que já foi diagnosticada com diabetes, pode ser considerada uma falha grave desta parceria”, diz o médico Justin Warner, da RCPCH.
“O público e os profissionais da saúde que entram em contato com crianças devem estar mais atentos dos sintomas do diabetes, o que permitirá um diagnóstico mais cedo e um tratamento mais rápido”, completa.
A dica é: pais e mães devem ficar sempre atentos à saúde dos filhos, em especial aos sintomas clássicos do diabetes tipo 1. O quanto antes o diabetes for diagnosticado, melhores as chances de um controle rápido da glicemia e menores os riscos de surgirem complicações sérias, como é o caso da cetoacidose.
Quando o assunto é a saúde dos baixinhos, todo cuidado é pouco.
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