SP-Pacientes sofrem com falta de kit para controlar diabetes
Quem mora em São José do Rio Preto e tem diabetes está encontrando dificuldades para conseguir itens essenciais à manutenção da saúde.
Pacientes de diabetes de Rio Preto têm sofrido com a falta de kits para o controle da doença, fornecidos pelo Estado por meio do Departamento Regional de Saúde (DRS). As mães de duas crianças que dependem do material, um menino de 8 anos e uma garota de 9, reclamam que não há prazo para que o fornecimento seja normatizado.
O menino está sem o cateter desde fevereiro e a menina não conseguiu ter acesso à fita medidora da quantidade correta de insulina que deve ser aplicada pela bomba. Vinícius da Silva Santos convive com o diabetes desde os 5 anos de idade. Para manter normais os níveis de insulina no sangue, ele utiliza uma bomba que fica acoplada ao corpo e libera o medicamento automaticamente. Mas o aparelho precisa vários componentes que nem sempre são adquiridos com facilidade. Ele ganhou na Justiça, em dezembro último, o direito de receber o kit completo da rede estadual de saúde, via DRS, no entanto desde fevereiro está sem o cateter, item que impossibilita usar o equipamento.
“Ficou no papel, porque demoraram para fornecer o aparelho e agora não entregam o cateter. Fico revoltada porque meu filho precisa disso para viver. A vida das pessoas não é nada para eles?”, questionou a mãe de Vinícius, Luzia Leite, 37 anos. O kit para a bomba de insulina é composto ainda por um reservatório, fita reagente, lancetas, além do medicamento. Na falta dos componentes, Vinicius está contando com a solidariedade de um representante de laboratório. “Ele está me fornecendo o cateter, que precisamos trocar a cada três dias, com a condição de repor quando eu receber do Estado. Mesmo recebendo, vou ficar sem, porque peguei emprestado o que a DRS não está fornecendo”, disse Luzia.
No caso da pequena Sofia Brandão dos Santos, 9 anos, que desenvolveu a doença aos 6, a falta é da fita reagente que mede a quantidade de insulina que precisa ser aplicada no organismo. Deveria ter sido entregue no último dia 20. O kit de infusão de insulina custa em média R$ 7,5 mil. Já o cateter (dez unidades) sai por R$ 650, e cada cartela com 50 fitas para medição do nível de insulina é vendida por R$ 99,90.
O endocrinologista Antônio Carlos Pires alerta para que os pacientes não fiquem sem o medicamento e que procurem outras formas de fazer a aplicação. “O que não pode é o paciente ficar sem a insulina, porque a falta dela por dois ou três dias leva a uma complicação aguda, chamada cetoacidose diabética, e o paciente vai parar na UTI. A bomba é uma forma de aplicação. No caso de ela ter alguma avaria ou o Estado não fornecer, o paciente deve aplicar a insulina de forma subcutânea por meio de seringa ou da caneta.”
Na mesma
A Secretaria Estadual de Saúde disse na sexta-feira, por meio de nota, que resolveria o problema e que todos os pacientes receberiam os componentes para o tratamento conforme as decisões judiciais. Porém, não foi o que aconteceu, conforme a reportagem apurou ontem com as famílias dos pacientes.
A Saúde alega que em ambos os casos houve “aumento pontual na demanda, o que ocasionou a falta provisória do produto em estoque”. No caso do paciente Vinícius, afirmou que o cateter foi adquirido e que foi solicitada a entrega imediata do produto. A mãe do garoto disse que nada recebeu. Já a fita reagente da paciente Sofia teria sido adquirida e tem prazo de entrega previsto para até esta terça-feira.
Fonte: Diário Web
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