Seja feliz! – ou pelo menos tente com afinco!
A panóplia assustadora de malefícios resultante da união entre diabetes e depressão é um ótimo motivo para se manter sempre o bom humor
A definição de feedback negativo poderia ser dada pela sinistra relação entre diabetes e depressão: vários estudos apontam que pessoas depressivas tendem mais que o normal a serem diabéticas, e que diabéticos, por sua vez, são mais propensos que a média da população a terem depressão. Este último dado é fácil de compreender: danos causados pelo mau tratamento do diabetes podem ser bastante severos e prementes na vida de um paciente – tome como exemplo a cegueira ou danos implacáveis nos rins, os quais exigem diálises constantes. Todavia, aprender o máximo possível sobre a doença e seguir direitinho o tratamento, diminuindo os efeitos nocivos do diabetes, além de buscar manter tanto o bom humor quanto a qualidade de vida em alta são essenciais a fim de evitar quadros depressivos e, em especial, toda a gama de fatores negativos que vêm com esta condição psiquiátrica. Se conviver com os sintomas do diabetes já é complicado, ter de lidar ainda mais com os da depressão é demasiadamente penoso.
Pesquisa publicada no jornal Diabetes Care acompanhou cerca de quatro mil diabéticos durante três anos. Neste período, coletou dados que demonstram indubitavelmente que pacientes que possuíam diabetes tipo 2 e quadros graves de depressão eram 36% mais propensos a desenvolverem complicações microvasculares avançadas, como doenças renais em estágio final ou cegueira, e tinham chances 25% maiores de desenvolverem complicações macrovasculares avançadas, como derrames e infarto do miocárdio, do que os diabéticos felizes e de bem com sua psiquê. Além disso, os diabéticos depressivos tendiam consideravelmente a estarem acima do peso, possuírem outras condições médicas e a utilizarem mais insulina que os não-depressivos – sem contar que encorpavam maiores níveis de uma substância no sangue formada quando a glicose se liga à hemoglobina, molécula carregadora de oxigênio pelo corpo.
Mais pesquisas são necessárias a fim de elucidar os mecanismos que permeiam tais efeitos. Até que eles sejam descobertos, e medicamentos e tratamentos criados a fim de combatê-los, buscar equilíbrio físico e mental parece tarefa obrigatória a todo diabético!
Fonte: Physorg (em inglês)
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