Reino Unido tem a prova cabal de que pesquisa do post abaixo é o óbvio ululante
Investigação sobre o serviço de saúde britânico para diabéticos prova por a+b que o mínimo de cuidados extra garante um futuro mais saudável aos pacientes.
O serviço público de saúde britânico é famoso em todo o mundo pelo abrangência e qualidade do sistema, além dos nomes bonitinhos que seus programas recebem. Por exemplo, o Instituto Nacional de Saúde e Excelência Clínica tem o acrônimo de NICE no original inglês, que significa “legal”. O NICE possui um projeto realmente bacana voltado aos diabéticos, codinome DESMOND. Trata-se de “Educação sobre Diabetes e Auto-tratamento para Novos e Recorrentes Pacientes”. Já há muito o governo bretão percebeu que, fornecendo informação e suporte de qualidade aos diabéticos, as taxas de sucesso no controle da glicemia tornavam-se absurdamente maiores. O que não se sabia é se a adoção do DESMOND, a longo prazo, mantinha seu efeito benéfico. É essa pergunta que um novo estudo pretendeu responder.
Publicado no periódico BMJ (British Medical Journal), o artigo estudou os dados de cerca de mil diabéticos participantes do programa DESMOND, durante três anos. Todavia, parte deles foi acompanhada mais de perto, posto que passaram por uma versão mais “intensiva” do DESMOND, recebendo muito mais aulas – ministradas por profissionais gabaritados – sobre o diabetes e seus tratamentos. Esse “acompanhamento” foi bastante rigoroso: foram controlados o peso, níveis de colesterol e hemoglobina glicada, histórico de depressão, qualidade de vida, hábitos de vida, crenças sobre a doença, quais medicamentos estavam utilizando e, ufa!, como ter sido diagnosticado com diabetes fazia se sentir os voluntários.
O resultado? Pouco importava a quantidade de aulas: os dados biomédicos e de estilo de vida tanto do grupo que recebeu menos aulas quanto daquele que recebeu mais aulas foi praticamente igual. Porém, o grupo das aulas a mais mostrou estar muito mais ciente sobre sua condição e sobre o que fazer para tratá-la, o que se traduzia em maior auto-confiança.
Todos sabemos da importância de se educar bem os diabéticos sobre sua condição. O que este novo estudo realmente mostra é que um mínimo de cuidado extra já é extremamente benéfico aos pacientes. E que o sistema de saúde do Reino Unido, mesmo quando funciona a meio mastro, continua super “legal”.
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