Quando bebês nascem com a glicemia nas alturas, a culpa é da mamãe
Pesquisa espanhola revela o lado dramático de gestantes que se alimentam mal: seus filhos podem nascer com resistência à insulina, pré-diabetes e tamanho menor.
Grávidas devem ter muito cuidado com a alimentação e sempre ingerir alimentos nutritivos, em quantidades equilibradas, se quiserem que seus filhos nasçam saudáveis. Isto todo mundo sabe – mas pouca gente segue. Uma nova pesquisa, conduzida por cientistas da Universidade de Madrid, na Espanha, revelou que os hábitos alimentares das mulheres gestantes é, no geral, muito ruim. E que isto favorece o aparecimento de doenças como o diabetes em suas crianças.
De acordo com a pesquisa, que acompanhou grávidas espanholas, 50% das gestantes se alimentam em excesso de carne vermelha, rica em gorduras saturadas, e comem muitos poucos vegetais e legumes.
Ao analisar o sangue do cordão umbilical logo após o nascimento dos filhos deste grupo de mães, os pesquisadores encontraram taxas elevadíssimas de glicose e insulina. De acordo com os cientistas, isto é um forte indício de que os bebês podem desenvolver, desde a mais tenra idade, a resistência à insulina – um prenúncio de diabetes tipo 2.
“É vital conscientizar as mãe sobre a importância de se alimentar bem durante a gravidez, através de uma dieta mediterrânea balançeada”, afirmou um dos autores do estudo, Francisco J. Sánchez-Muniz. “Nós também temos que incentivar estudos no mesmo grupo populacional para que possamos entender como estas crianças se desenvolvem ao longo do tempo e, assim, evitar, ou pelo menos diminuir, o desenvolvimento de doenças de alta prevalência em nossa sociedade.”, completou.
A “dieta mediterrânea” à qual o pesquisador se refere, muito indicada para grávidas na Europa, se baseia na ingestão de pouca gordura animal (como carnes) e no vasto consumo de frutas e vegetais.
“É surpreendente que haja mulheres que não mudam os hábitos alimentares ou qualidade da dieta durante a gravidez”, disse, preocupado, Francisco.
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