Por que uma pessoa desenvolve o diabetes tipo 1?
O dr. Carlos Eduardo Couri responde a uma das questões mais difíceis quando o assunto é diabetes! Saiba o que a Ciência tem a nos dizer no texto de hoje.
Esta pergunta é feita a mim diariamente no consultório e por isso resolvi trazê-la para esta discussão.
Como todas as doenças, no início o portador tende a negá-la. A pessoa simplesmente acha que não possui a doença e passa a desprezá-la. Com o passar do tempo, percebe-se que é real a presença de uma determinada doença e então vem a fase de “raiva”, a fase em que perguntamos “por que eu?“, “Há tantas pessoas ruins no mundo porque logo eu fui escolhido para ter esta doença?“.
Vale ressaltar que sempre achamos que a pior doença do mundo é aquela que nós temos. Para cada um de nós, a doença do vizinho é sempre mais branda que a nossa.
Passadas estas fases, o jeito mesmo é encarar de frente e tratar a doença e viver a vida da melhor forma possível. A instrução sobre a doença e seu reconhecimento faz com que tenhamos menos medo do futuro. Quanto mais informações nós temos, com mais força encaramos nossas doenças.
Com relação ao diabetes tipo 1, todos sabemos que se trata de uma doença autoimune, ou seja, as células do sistema imunológico do indivíduo destroem (de maneira equivocada) as células beta produtoras de insulina localizadas no pâncreas (leia mais sobre a autoimunidade clicando aqui).
Vale lembrar que normalmente o sistema imunológico tem o papel de nos defender contra agentes maléficos, como por exemplo vírus, bactérias, fungos, etc.
Mas por que isto acontece?
Existem várias hipóteses para que o sistema imunológico comece a destruir nosso próprio organismo: uma delas se refere ao fato de termos tido uma infecção no passado e que o micróbio em questão é parecido com alguma molécula da células beta. Isto faz com que nosso sistema imunológico “se engane” e destrua as células beta erradamente.
O contato com o leite de vaca desde a infância também é tido como uma causa em potencial do diabetes tipo 1, entretanto, estudos clássicos foram feitos avaliando crianças que ingeriram leite de vaca e também crianças que nunca ingeriram este produto e viram que a incidência de diabetes tipo 1 é igual em ambos os grupos.
Outro fator amplamente discutido é a genética. Entretanto, sabemos que os fatores genéticos têm pouca ligação com o diabetes tipo 1, fato este comprovado por não ser tão comum a existência de muitos membros da mesma família com diabetes tipo 1.
Atualmente uma das teorias mais aceitas é a Teoria da Higiene: com o passar dos anos, temos tido mais cuidados sanitários, menos contato com bactérias e até mesmo com a sujeira. Com isto, nosso sistema imunológico, na ausência de ter alguém para “brigar” , começa a destruir células do próprio organismo como as células beta.
Vale a pena destacar que fatores emocionais e estressantes como desastres, separações, falecimentos, etc não têm ligação com a causa do diabetes tipo 1.
Em suma, até o momento, em pleno século XXI ainda não temos idéia do que desencadeia o diabetes tipo 1. Acho que não é uma tarefa fácil mas diversos pesquisadores no mundo todo estão se empenhando em descobrir.
Somente descobrindo a causa do problema poderemos criar ferramentas e estratégias realmente eficazes na prevenção desta doença.
Vamos em frente!!!!
Por Dr Carlos Eduardo Barra Couri PhD em Endocrinologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP, pesquisador da Equipe de Transplante de Células-Tronco da USP-Ribeirão Preto. Conceituado e premiado autor de pesquisas – inclusive em publicações internacionais -, materiais educativos e livros sobre o diabetes, em especial o tipo 1, e terapias com células-tronco.
Site: http://carloseduardocouri.blogspot.com.br ; www.twitter.com/cecouri
Remissão do diabetes tipo 2 é uma realidade cada vez mais frequente, afirmam entidades médicas
Um dos termos mais procurados junto com “diabetes” é “cura“. Afina…
olá, o ant gad de meu filho de 6 anos deu negativo, ele foi diagnosticado há 3 meses, é normal isso? a médica disse que é oscilação de anticorpos, que deviam estar baixos no dia. Em 2013 ele fez exames incluindo glicose de jejum cujo valor era 89, o exame de urina feito em dezembro de 2014 era ausente de glicose, 7 meses depois glicose +++ cetonas ++. Em 7 dias ele secou quase entra em coma, é muito duro, acontece muito rápido e imprevisível. Ele estava com verminose (oxiúrus) o que confundiu os sintomas, pois fomos ao médico devido a emagrecimento, coceira no bumbum e gases. Tomou Pyr Pam e os 7 dias que seguintes foram os piores da minha vida, acredito que tenha tido ainda reação ao remédio (fotossensibilidade. coceira) debilitando- o ainda mais. Os eosinófilos estavam altíssimos, eosinófilos poderiam ficar desordenados e atacar o organismo tb?