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Os riscos do sedentarismo

Em nosso país, 80,8% de adultos são sedentários, alcançando índices de 70% em São Paulo. Assim, é mais pre valente que o fumo (38%), pressão alta (22%) e obesidade (18%).

O sedentarismo é caracterizado por um estado muito reduzido de atividade física, em que o movimento do corpo é mínimo. Trata-se de uma situação altamente prevalente nas sociedades modernas, nas quais o conforto proporcionado pelos avanços tecnológicos veio substituir numerosos afazeres da espécie humana, gerando o comodismo, a preguiça. Como se diz: “Qualquer esforçinho é um trabalhinho”. Alguns relatos do século XIX mostram que indivíduos com ocupação sedentária tinham mortalidade maior.

Atualmente, o estilo de vida sedentário está associado a numerosas doenças, como a pressão alta, alterações das gorduras, obesidade e diabetes tipo 2, que levam ao maior risco cardiovascular, como angina, infartos, tromboses etc. Também, o sedentarismo é um fator de risco independente para o desenvolvimento dessas doenças, existindo uma relação inversa entre atividade física e morbidade e mortalidade cardiovascular. Por isso, um baixo nível de exercício físico deve ser visto como um problema importante de saúde pública. Com efeito, nos Estados Unidos, 54% a 60% dos adultos não são suficientemente ativos para proporcionar benefícios à saúde, sendo 25% considerados sedentários. Em nosso país, 80,8% de adultos são sedentários, alcançando índices de 70% em São Paulo. Assim, é mais prevalente que o fumo (38%), pressão alta (22%) e obesidade (18%).

A solução para os indivíduos sedentários é a mudança nos hábitos de vida, com a inclusão da prática regular de exercícios físicos, visando a profilaxia dessas enfermidades e a melhora total da qualidade de vida. O benefício sobre a pressão alta é espetacular, pois diminui o risco de desenvolver a doença, provoca a queda nos hipertensos e leva à ingestão de doses menores de medicamentos. Ao provocar a baixa de peso, o exercício físico também altera a concentração e o metabolismo das gorduras, como o colesterol e triglicérides, reduzindo o risco de aterosclerose. Por outro lado, os níveis de mortalidade são menores nos obesos ativos. Da mesma forma, aumenta a sensibilidade das células à insulina, favorecendo o tratamento do diabetes tipo 2 e da síndrome metabólica, aquela que não permite mais cintura grossa, isto é, maior que 102 cm nos homens e 88 cm nas mulheres. No diabetes tipo 2, a captação de açúcar pelos músculos aumenta após o exercício, fazendo cair a glicemia, enquanto os portadores do tipo 1, isto é, que precisam da injeção diária de insulina, diminuem a dose após os exercícios físicos.

Os exercícios cíclicos, como a caminhada, corrida, ciclismo ou mesmo a natação são os mais recomendados para prevenir os riscos cardiovasculares e devem ser realizados de três a cinco vezes por semana, com duração de 30 a 45 minutos. Na programação dos exercícios deve-se levar em consideração o tipo, a frequência, a duração e a intensidade, que podem ser obtidos pelos testes ergoespirométrico ou ergométrico. Na impossibilidade de realizar os testes, o programa de exercício físico precisa ser orientado pelo especialista. Portanto, o principal benefício advindo da prática regular do exercício físico é modificar os fatores de risco de doenças cardiovasculares, além de melhorar, de forma saudável. a qualidade de vida. Em qualquer fase da existência, a ordem é evitar o comodismo, afastar a preguiça e viver plenamente. Se possível, com muito amor.

Fonte: Cruzeiro do Sul

 

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