Mulher com hipoglicemia é agredida por policiais (VÍDEO)
Policiais confundem sintomas do diabetes com bebedeira e colocam em risco vida de mulher de 57 anos.
No dia 12 de julho, às 16:40, Revina Garcia, moradora da cidade de Santa Fe, nos EUA, bateu seu Hyundai levemente na traseira de uma picape. O dano foi pequeno em ambos os veículos. Uma viatura policial estava por perto no momento da colisão. Os oficiais aproximaram-se do carro de Revina e gritaram para que ela saísse do veículo. Como a mulher parecia não responder aos apelos e o carro ainda estava engatado, um dos policiais tentou, com uma grande lanterna, quebrar o vidro do carona, sem sucesso. A seguir, um outro policial, utilizando um equipamento especial, destruiu a janela do lado do motorista, retirou a chave da ignição, abriu a porta do carro e jogou violentamente Revina no asfalto quente (fazia mais de 32 graus no dia) e repleto de cacos de vidro, algemando-a e deixando-a por lá durante mais de um minuto. Depois, empurraram-na sem nenhuma gentileza para um camburão. Os policiais acreditavam que a motorista estava bêbada. Todavia, Revina tem diabetes e estava passando por um severo episódio de hipoglicemia. O tratamento que recebeu naquele dia poderia facilmente tê-la matado.
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A polícia de Santa Fe recebeu duras críticas pela maneira como lidou com o incidente. Em primeiro lugar, os policiais envolvidos haviam percebido que não havia cheiro de álcool no carro de Revina quando quebraram o vidro, o que deveria tê-los alertado de que a motorista não estava bêbada. Em segundo lugar, enquanto estava jogada no asfalto quente, Revina conseguiu balbuciar que tinha diabetes, porém ninguém deu-lhe ouvidos. Em terceiro lugar – e este é um sério argumento -, ela estava utilizando uma bomba de insulina naquele momento (visível até mesmo no vídeo ao final do texto), outro fato que nenhum dos oficiais levou em consideração até a chegada dos paramédicos ao local do acidente.
MUDANÇAS DE CONDUTA?
“Você tem que manter seu foco e uma cabeça aberta, tendo em mente que nem toda pessoa envolvida em um acidente como este está intoxicada”, disse o chefe de polícia Robert Garcia, responsável pelo caso. “Pode ser alguma outra coisa. Nós temos que estar cientes disso todos os dias”, completou.
O mea culpa do chefe de polícia não termina aí. Criticado pela maneira brusca como seus subordinados trataram a vítima da hipoglicemia, Robert também notou que não houve qualquer tentativa de resistência por parte de Revina, e que, portanto, a maneira violenta como foi tratada é indesculpável. “Neste caso não houve resistência. Nós estamos estudando muito seriamente o que ocorreu”, disse Robert.
Ainda de acordo com o chefe, é urgentemente necessário que policias nas ruas recebam treinamento adequado a fim de que sejam capazes de discernir corretamente quem está embriagado de pessoas sofrendo os sintomas de outros problemas de saúde, como o diabetes.
REVINA DÁ SUA OPINIÃO
A vítima do caso, Revina Garcia, falou pouco sobre o ocorrido e preferiu manter-se reservada. Ela contou a um canal de televisão que se sentiu “perdida” no momento do acidente e que não foi capaz de abrir as portas do veículo, fato que desencadeou os demais incidentes. “Estou surpresa por não ter entrado em um coma quanto estava no camburão”, disse uma assustada Revina. “A maioria das pessoas quando está com sua glicemia na casa dos 20 [mg/dL] entra em coma. Se houvesse educação isto não teria acontecido”.
A resposta da comunidade diabética internacional tem sido de grande solidariedade para Revina, devido à maneira ríspida como foi tratada pela polícia. Porém, muitos diabéticos notam que, se ela chegou a ficar com a glicemia em valores tão baixos, isso mostra que ela possivelmente não monitorou de maneira adequada a quantidade de açúcar no sangue antes de sair com o carro. E este é um erro terrível. Antes de dirigir, todo diabético tem que checar a glicemia, justamente para prevenir episódios de hipoglicemia que podem colocar a sua vida – e a de outros motoristas e passageiros – em risco.
O endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri, um dos maiores especialistas brasileiros em diabetes, dá a dica:
“(…) portadores de diabetes e especialmente os usuários de insulina devem fazer uma lista de tarefas:
- acondicionar as insulinas adequadamente evitando expô-las ao sol e ao calor excessivo. O porta-luvas às vezes fica muito quente.
- ter sempre consigo a carteira de identificação de portador de diabetes.
- ter sempre consigo uma fonte de açúcar de liberação rápida para casos de hipoglicemia como por exemplo sachês de açúcar líquido. Lembre-se que em muitas estradas não há pontos de parada e uma hipoglicemia pode acontecer em qualquer lugar.
- É sempre bom medir a glicemia periodicamente. Não há regras para isto, mas é sempre bom o motociclista medir as glicemias com mais frequência, por exemplo antes da jornada e a cada 2 horas.“
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CASOS SEMELHANTES
O que aconteceu com Revina está longe de ser um caso único ou isolado, infelizmente. Ao redor do mundo, é bastante comum motoristas em crises de hipoglicemia causarem acidentes e serem confundidos com pessoas embriagadas. Acompanhe na matéria “Miseráveis encontros entre motoristas diabéticos e a polícia” mais histórias como esta.
ASSISTA AO VÍDEO DO INCIDENTE, FEITO PELA PRÓPRIA POLÍCIA AMERICANA
Remissão do diabetes tipo 2 é uma realidade cada vez mais frequente, afirmam entidades médicas
Um dos termos mais procurados junto com “diabetes” é “cura“. Afina…
ABSURDOOOO!!!!
Como podem tratar assim alguém ainda mais com diabetes?!?!?!?
TANTO O SUS COMO TODAS AS PESSOAS COMUNS NAO ESTAO PREPARADAS PARA LIDAR COM O DIABETES INCLUSIVE NO SUS NAO SE DA PRIORIDADE NO ATENDIMENTO A PESSOAS NEM MESMO CRIANÇAS COM DIABETES A TEMPOS ATRAS MESMO MEU FILHO E EU PASSAMOS POR ISSO PRECISAMOS DE ATENDIMENTO DE EMERGENCIA E NAO FOI ATENDIDO COM PRIORIDADE ISSO E SO MAIS UM DOS ABSURDOS DOS QUAIS PESSOAS COM DIABETES PASSAM…
Nós estamos extremamente indignados com o comportamento deste policiais. Vamos fazer uma CAMPANHA! Capacitar todos os funcionários que lidam com o público, para aprenderem reconhecer o que é HIPOGLICEMIA. e HIPERGLICEMIA.
Extremamente chocada com o tratamento dado pela policia a esta cidadã. Que crueldade!
É extremamente necessário a que pessoas que tratam com o publico em geral tenham noções básicas de primeiros socorros e saibam identificar e diferenciar uma pessoa embriagada a de alguém passando por algum problema sério de saúde. Imperdoável a ação grotesca desses oficiais. Por pouco não tiram a vida de uma pessoa inocente e totalmente indefesa
É só para dizer isto os senhores policias seja de que pais for abuzáo muito das devizas que têm em cima dos ombros penção que toda agente anda drogada mas não cada um tem as suas complicassões é preciso aver respeito coisa que os senhores da autoridade não têm e se têm não a mostrão.O que eles fizerão há senhora não tem perdão, foi uma bandalheira um abraço até sempre