Mistério na América
O número de jovens americanos com diabetes tipo 1 ou tipo 2 só cresce. Pesquisadores quebram a cabeça tentando entender o porquê.
A última reunião da American Diabetes Association terminou em tom preocupante. Dados recém divulgados indicam um aumento considerável nos casos de diabetes na juventude dos EUA. E, mesmo que mais casos de diabetes tipo 2 sejam esperados, uma vez que a população americana torna-se progressivamente mais obesa, nenhum dos cientistas e pesquisadores presentes soube explicar os motivos do crescimento do número de casos do diabetes tipo 1.
Os dados em questão referem-se a um estudo realizado pelos respeitados Center for Disease Control and Prevention (CDC) e National Institute of Health, os quais acompanharam vinte mil crianças e jovens com menos de vinte anos durante um período de 8 anos, findo em 2009. Foram constatados alarmantes aumentos de 23% nos diagnósticos de diabetes tipo 1 e de 21% no de diabetes tipo 2.
“Isto gera muita preocupação, porque estes jovens vão viver a maior parte de suas vidas com diabetes e podem desenvolver complicações relacionadas à doença”, afirmou Guiseppina Imperatora, epidemiologista médica do CDC. “Dados preliminares sugerem que complicações podem estar se desenvolvendo já nesta geração”. Confirmando o prognóstico da pesquisadora, este mesmo estudo apontou que muitas crianças com diabetes já apresentavam sinais de danos cardiovasculares, o que pode se traduzir em doenças cardíacas no futuro.
Diferença de Tipos
O diabetes tipo 1, antigamente chamado de diabetes juvenil, é uma doença autoimune na qual o organismo perde a habilidade de produzir insulina. Já o diabetes tipo 2 é caracterizado pela resistência à insulina ou falta de capacidade de produção do hormônio em quantidades adequadas. Os portadores do diabetes tipo 1 são dependentes de insulina, enquanto que os diabéticos do tipo 2, em muitos casos, podem administrar a doença através de mudanças de hábitos e de dieta e da prática de exercícios.
O aumento no número de diabéticos tipo 1 impressiona os pesquisadores, ainda não capazes de identificar o que gera esta resposta autoimune. Cerca de 80% dos diabéticos do tipo 1 não possuem parentes próximos com a doença.
“Ainda não temos certeza do que desencadeia a doença, se são fatores genéticos ou ambientais.”, disse Richard Bergenstal, diretor-executivo do International Diabetes Center. Felizmente, cientistas de todo o mundo trabalham a todo vapor tentando resolver mais este mistério médico.
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