Metformina: poderosa também contra o câncer de pâncreas?
E a boa notícia tem tudo a ver com um dos medicamentos mais tradicionais e populares para cuidar do diabetes tipo 2: a metformina.
OS BENEFÍCIOS DA METFORMINA À SAÚDE (clique para abrir)
OS BENEFÍCIOS DA METFORMINA À SAÚDE (clique para abrir)
Esta não é a primeira vez que a metformina é associada a outros benefícios ao corpo além do melhor controle da glicemia. Acompanhe algumas das novidades nas matérias a seguir do Diabeticool:
QUAL A RELAÇÃO ENTRE METFORMINA E O COMBATE AO CÂNCER?
Em artigo publicado na revista científica Cell Metabolism, os pesquisadores explicam a descoberta de que algumas das células que causam câncer no pâncreas sobrevivem através de um processo que pode ser bloqueado pela metformina.
O câncer de pâncreas é um dos mais letais. Estima-se que a sobrevida após o diagnóstico é de apenas 12 meses. Isto porque ele geralmente é descoberto em estágio muito avançado, já que não causa sintomas aparentes no início.
A grande maioria das células de câncer, não importa o tipo, consegue energia através da queima de glicose. Diferente delas, as células “saudáveis” do nosso corpo garantem o suprimento de energia através do uso de oxigênio. Mas os cientistas descobriram que células dos tumores pancreáticos, elas também, utilizam oxigênio.
A descoberta foi uma ótima surpresa. O processo de “respiração” das células pode ser bloqueado através do uso da metformina.
Traduzindo em termos simples, após esta descoberta, talvez seja mais fácil matar as células cancerígenas e evitar a metástase – um dos maiores medos de quem está com o câncer pancreático.
UMA NOVA ALTERNATIVA DE TRATAMENTO AO CÂNCER A CAMINHO?
É bom deixar bem explicado: os pesquisadores afirmam que a metformina não é a cura para o câncer de pâncreas. Ela poderá, sim, ser utilizada como coadjuvante no combate a este tipo de câncer, uma parceira nova e poderosa das técnicas quimioterápicas tradicionais.
“Talvez nós sejamos capazes de explorar esta dependência [das células cancerígenas] por oxigênio ao usar drogas já disponíveis, matando o câncer ao retirar sua fonte de energia”, disse a dra. Patricia Sancho, principal autora do estudo.
“No longo prazo, isto pode significar que pacientes com câncer pancreático terão mais opções de tratamento disponíveis, incluindo um risco menor de recorrência após a cirurgia”.
O grupo de pesquisas já está iniciando os procedimentos para testes de tratamentos em seres humanos.
Referências para o Artigo Científico
Referências para o Artigo Científico
MYC/PGC1a balance determines the metabolic phenotype and plasticity of pancreatic cancer stem cells.
Sancho P, Burgos-Ramos E, Tavera A, Kheir TB, Jagust P, Schoenhals M, Barneda D, Sellers K, Campos-Olivas R, Graña O, Viera CR, Yuneva M, Sainz, Jr. B, Heeschen C. (2015) Cell Metabolism
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