diabetes - teste do monitor FreeStyle Libre
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I Want to Break Free – Testamos o FreeStyle Libre!

Ronaldo testou, durante as últimas semanas, o FreeStyle Libre, monitor contínuo de glicemia que promete acabar com as picadas. Quais foram os prós e os contras?

Por Ronaldo Wieselberg

 

Bem vindos de volta, querido leitor, querida leitora! Estavam com saudades? Eu estava!!!

Os leitores do Diabeticool já devem ter lido muito sobre o FreeStyle Libre, a novidade da Abbott que promete acabar com os testes rotineiros de glicemia. Pois bem, nós do Diabeticool testamos o Libre e vamos contar para vocês como ele funciona!

freestyle libre embalagem diabetes
Ele chegou assim, embrulhado em plástico bolha. Nos divertimos nas primeiras horas estourando as bolhinhas…

 

COMO FUNCIONA O FREESTYLE LIBRE? 

Descubra por que, mesmo com o Libre, ainda são necessárias as picadas nos dedos…

[pullquote]O Libre mede continuamente sua glicemia, porém ainda é necessário checar a medição, com picadas no dedo, caso os valores estejam em faixas muito extremas.[/pullquote]

Apesar do que o slogan da Abbott nos faz pensar, o Libre não “elimina” a necessidade de picar o dedo para saber a glicemia, para todo o sempre. Ele tem a proposta de eliminar os testes rotineiros de glicemia – ou seja, quando a glicemia estiver estável, o Libre poderá ser usado tranquilamente. Porém, a informação disponível na bula é: se a sua glicemia estiver muito alta, muito baixa ou você tiver sintomas não condizentes com o Libre, meça a glicemia no dedo!

O Libre mede a glicose presente no líquido intersticial – ou seja, não é a glicose do sangue! –, que é o líquido no qual as células do nosso corpo ficam mergulhadas. Como elas usam a glicose para conseguir energia, a glicose presente nesse líquido tem uma concentração parecida com a glicose no sangue… Então, o sensor correlaciona essas informações, dando um valor aproximado da glicemia.

Essa medição é feita por uma fibra sintética – e flexível! – que fica inserida embaixo da pele. O sensor propriamente dito é do tamanho de uma moeda de um real, e fica colado na pele por um adesivo.

FreeStyle Libre - Sensor diabetes
Parte de baixo do Libre. O sensor tem o tamanho de uma moeda de um real, e é um eletrodo flexível que continuamente mede a glicose do líquido intersticial.

 

Como é feita a medida? Pela intensidade da corrente elétrica!

Entrando um pouquinho nas especificações técnicas, e puxando da memória aquela coisa do Ensino Médio chamada Física – oh, céus! – a gente lembra que a intensidade da corrente pode ser medida. Então, pensaram num meio de fazer a glicose conduzir corrente elétrica, a partir de uma reação química simples. E, claro, por ser uma corrente elétrica de intensidade bem pequena, não machuca! Quanto mais glicose, mais eletricidade flui. Assim, baseado nessa leitura de corrente elétrica, o Libre interpreta os dados e guarda por até oito horas!

[pullquote]”Como [o Libre]  mede a glicemia a cada minuto, é possível ver bastante da ação de insulina, da ação de alguns alimentos…”[/pullquote]

Quando passa de oito horas de guardado, aquela medição precisa ser descartada, uma vez que a memória do sensor não é infinita. Assim, para não perder nada, é necessário escanear o sensor no mínimo três vezes por dia! Não há quantidade “máxima” de medidas – percebemos isso rapidamente uma vez que nas primeiras horas ficamos passando o leitor a cada minuto, acompanhando a variação. Como ele mede a glicemia a cada minuto, e guarda informações a cada 15 minutos, é possível ver bastante da ação de insulina, da ação de alguns alimentos, entre outros.

 

A GLICEMIA ‘REAL’ E A GLICEMIA NO APARELHO

Como todo sensor, existe um “atraso” entre a medição do Libre e a glicemia real. Isso acontece porque o líquido intersticial demora certo tempo para ser trocado, e portanto, é importante saber interpretar o que diz o leitor. Um atraso de quatro a cinco minutos é esperado, de acordo com a Abbott – o que é um bom valor, se considerarmos a interpretação correta.

 

TEMPO DE VIDA ÚTIL

E, para os ansiosos de plantão… não, não dá pra usar durante mais de 14 dias. O Libre vem com morte programada de 14 dias. Depois disso, não há Cristo que o faça ressuscitar. Na tela do leitor, a cada vez que ele é ligado, aparece a mensagem dizendo quanto tempo resta até ser necessário trocar o sensor. Uma vez trocado o sensor, são mais 14 dias de menos picadas no dedo e glicemia medida a todo momento.

 

COMO COLOCO O FREESTYLE LIBRE?

SERÁ QUE DÓI APLICAR O LIBRE?

FreeStyle Libre - conteúdo da embalagem
Conteúdo das caixas do leitor e do sensor do Libre. Vem até com algodão com álcool!

A aplicação é realmente indolor. De verdade. Para aqueles que usam bomba de insulina, a aplicação de um cateter deve doer mais – e não estou exagerando.

O sistema é bem intuitivo, e quando abrimos a caixa, uma folha de início rápido – já comentei o quanto adoro isso? – cai nas nossas mãos. O vídeo a seguir mostra como é feita a aplicação e como é o aspecto do sensor.

E, apesar do adesivo forte, dá um pouco de medo de retirar do aplicador.

Veja abaixo como é feita a aplicação – simples, rápida e praticamente indolor.

  

COMO É A EXPERIÊNCIA COM O FREESTYLE LIBRE?

O DIA A DIA COM O NOVO APARELHO

 

Depois de colocar o sensor, são necessários 60 minutos de espera para que ele seja pareado com o leitor e possa começar a leitura. Nesses momentos, a ansiedade aumenta, mas acaba passando rápido. Depois disso, a leitura começa a ser feita, automaticamente a cada um (01) minuto, e os dados são guardados a cada quinze minutos. O resultado disso é um gráfico que pode ser visto tanto na tela do leitor quanto no computador, depois de baixar os dados via cabo USB (que vem incluso, aliás).

Inicialmente, as variações entre a medida do Libre e a medida do glicosímetro podem variar até 15%. Depois das primeiras 12 horas, essa variação cai para cerca de 11%. Esse tempo de “aquecimento” é necessário em todos os sensores, e para ter certeza da variação, só mesmo calculando.

FreeStyle Libre - medição de glicemia diabetes 1
Um exemplo de variação normal. A diferença entre o 119 e o 108 não passa dos 11% preconizados.

 

O único porém é que muitas vezes essa diferença pode alterar a conduta, especialmente em casos de glicemias altas ou baixas. Em glicemias acima de 200mg/dl, uma variação de 10% equivale a meia unidade de insulina a mais ou a menos. Em alguns casos, pode ser a diferença entre o valor de hipoglicemia ou o valor normal… nessas horas, surge o sistema de flechas.

 

O SISTEMA DE FLECHAS: MAIS SEGURANÇA PARA ACOMPANHAR AS MEDIÇÕES

Essas flechas – você pode ver uma delas ao lado do valor numérico do Libre, nas imagens a seguir – indicam como a glicemia está se comportando. Ela pode estar caindo rapidamente – uma seta para baixo – caindo, estável – a flecha na horizontal – ou subindo, rapidamente ou não.

Então, se surge um valor próximo ao de uma hipoglicemia, com uma seta para baixo, podemos pensar que a glicemia “real” – e não a calculada – já está mais baixa do que o valor mostrado pelo Libre. Nesse caso, vale a pena medir no glicosímetro. Se surgir um valor próximo ao de hiperglicemia e mostrando uma seta para cima, é de se esperar que a glicemia esteja subindo – e portanto, vale a pena medir no glicosímetro para saber quanto corrigir.

 

PROBLEMAS DE MEDIÇÃO

O Libre apresenta uma faixa de medição mais estreita do que a maioria dos glicosímetros. Enquanto os monitores “de sangue” em geral medem entre 20mg/dl e 600mg/dl, o Libre mede entre 40mg/dl e 300mg/dl. Acima ou abaixo disso, uma mensagem de “LO” ou “HI” é mostrada, e então, o valor deve ser confirmado.

Minha experiência com o Libre foi bastante interessante. Apesar do que todos diziam, da estabilidade e de não necessitar de calibração, perdi o sensor depois de oito dias de colocado. Percebi isso porque as variações batiam quase em 100% entre uma medição e outra, mantendo uma hipoglicemia constante – sem sintomas. Conclusão: falhas no dispositivo acontecem, SIM, como é de se esperar em qualquer produto. E nesse caso, a Abbott oferece uma linha de atendimento ao cliente, com a opção de troca do sensor caso seja detectado um erro do produto.

FreeStyle Libre - medição de glicemia diabetes 2
Quando detectamos o erro do sensor. Perceba os valores abaixo de 70mg/dl no gráfico, com uma diferença gritante para o glicosímetro. Nesses casos, confira no monitor com sangue e confie na ponta de dedo!

 

Depois de trocar o sensor, percebi que a variação dele depois do “aquecimento” é realmente bem pequena. Isso tudo porque eu estava bastante reticente em relação ao sensor anterior. Quando a variação passa um pouco dos 11%, é preciso lembrar que o glicosímetro tradicional também apresenta uma variação de até 10% em relação à glicemia plasmática (medida no laboratório). Se não houver mudança no que fazer para corrigir, não há problemas.

FreeStyle Libre - medição de glicemia diabetes 3
Um caso no qual a glicemia real possivelmente fosse 98mg/dl. A variação está dentro do esperado e não alterou a conduta tomada, então, tudo bem!

 

Ressalvas à parte, alguns lotes do Libre parecem ter uma variação bem acima do esperado. Os motivos não são conhecidos. Na minha experiência, depois de algum tempo de uso as variações foram grandes o suficiente para alterar a conduta que seria tomada – bem acima dos 11% previstos na bula. Assim, é bastante complicado usar “apenas” o Libre, mesmo para rotineiros testes de glicemia. Veja algumas dessas diferenças nas imagens abaixo.

freestyle libre - variações de medição de glicemia

Quanto à bateria do leitor – do aparelho onde as medidas aparecem – pode ficar tranquilo. É carregado na tomada, e cada carga dura em torno de quinze dias.

 

VANTAGENS E DESVANTAGENS DO FREESTYLE LIBRE

OS PONTOS FORTES E FRACOS DO NOVO MEDIDOR 

O Libre tem muitas vantagens. A principal delas é a possibilidade de não precisar de furos constantes no corpo para medir a glicemia. Outra delas é a capacidade de criar gráficos, médias e estatísticas de variação – inclusive de hemoglobina glicada – a partir do software. Ele é bastante discreto e indolor. O adesivo aguentou bem os 14 dias, o que foi uma alegria, mesmo sendo exposto à atividade física, noites de plantão, banhos…

  • Evita picadas constantes para tirar sangue
  • Exibição de dados de glicemia de maneira prática e simples de entender
  • Discreto
  • Aplicação indolor
  • Adesivo poderoso, aguenta banhos e atividades físicas
  • Usa as tiras do Optium
  • Mede a presença de cetonas

O Libre também usa tiras do Optium, o monitor da Abbott, para checar a glicemia e também a presença de cetonas. Isso faz do Libre um produto único no Brasil.

Mas nem tudo são flores. Algumas desvantagens incluem a perda de dados do sensor,a tela sensível ao toque não ter uma sensibilidade tão boa assim, o adesivo do sensor ser tão bom que custa a sair da pele, a impossibilidade, no momento, de estabelecer mais de uma faixa-alvo – dos valores considerados “dentro do alvo”, por exemplo, antes e depois de comer ou durante a madrugada –, a ausência de alarmes (entre outras coisas, para que a bateria não acabe antes dos 14 dias) e o fato de ser confundido com adesivos de nicotina. Sugeri, inclusive, à Abbott incluir um estojo de canetinhas para personalizar o Libre… mas talvez – só “talvez” – essa ideia não decole…

As principais desvantagens foram a incerteza sobre a perda do sensor, que me deixou durante algumas horas chateado quanto aos resultados, e as variações que eventualmente observei entre a glicemia indicada no Libre e no glicosímetro. Porém, é questão de tempo para que melhorem o produto, fazendo com que ele mostre alguma mensagem de erro quando o sensor apresentar defeitos e aprimorando a maneira como as leituras de glicemia são realizadas.

 

MELHORIAS A CAMINHO?

A Abbott foi bastante honesta ao dizer que o Libre passará por melhorias com o decorrer do tempo. Existem planos para um LibrePro, para que os médicos e hospitais tenham um leitor universal de glicemia, para terem os dados dos sensores de seus pacientes; uma memória expandida, para guardar todos os dados dos 14 dias; um sensor menor e com menos variação… mas as vantagens do Libre atualmente já compensam as desvantagens.

Pelo pareamento sem fio, existe a possibilidade de hackear o Libre, assim como bombas de insulina já foram hackeadas. Então, é de se imaginar que algum doido nesse mundo consiga quebrar a criptografia e preparar um alarme para tocar todas as vezes que o Libre detectar uma glicemia alta ou baixa. Lembrando que esse tipo de coisa invalida a garantia do sensor!

 

COMO ADQUIRIR O FREESTYLE LIBRE?

OS MOTIVOS DA VENDA EXCLUSIVA PELA INTERNET

O Libre será comercializado apenas via internet, mediante cadastro com o CPF do comprador, para evitar compras absurdas que acabem com o estoque da Abbott – o que aconteceu na Europa! Assim sendo, quem comprar o Libre no Brasil terá o direito de recompra via internet garantido…

…e quem comprou na Europa vai ter que comprar de novo, pegando uma nova “fila digital” para comprar. Não é possível furar essa fila.

Antes de sair comprando e utilizando o Libre, converse com a sua equipe médica sobre o assunto. De nada adianta ter um dispositivo fantástico que ninguém sabe usar. Apesar de ainda não ser indicado em bula, é possível discutir com a sua equipe de saúde o uso em outros lugares do corpo que não sejam os braços e seu uso em crianças.

O Libre será comercializado a partir de Junho de 2016.

 

AVALIAÇÃO FINAL DO FREESTYLE LIBRE

diabetes nota torrões de açúcar 3 de 5

 

Avaliação final: três de cinco torrões de açúcar! Ainda existe o que melhorar, mas, para o presente momento, o produto é útil e tem potencial de, um dia, nos ajudar a acompanhar a glicemia com mais praticidade.

Em relação às variações de medição, a Abbott entrou em contato conosco e reconheceu que possivelmente exista um problema com as leituras. Assim, pediram os dados e prometeram analisar com calma. Apesar de tudo, a explicação dada é que essas falhas não eram esperadas nos testes de qualidade, e que vão rever os lotes e os sensores para detectar qual é o problema. Assim que tivermos um posicionamento da empresa em relação ao tema atualizaremos a matéria.

Forte abraço, e até a próxima!

 

ronaldo wieselberg perfil diabeticoolRonaldo José Pineda Wieselberg tem diabetes há mais de 20 anos. É estudante de Medicina na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa (FCMSCSP), auxiliar de coordenação do Treinamento de Jovens Líderes em Diabetes da ADJ Diabetes Brasil e Jovem Líder em Diabetes pela Federação Internacional de Diabetes (IDF), com trabalhos sobre diabetes premiados e apresentados no Brasil e no exterior. Apesar de ter o mesmo nome de vários grandes jogadores de futebol, prefere o xadrez.
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8 Comentários

  1. Parabéns pela avaliação, muito boa. Porém, conforme falou, o monitor de glicose também possui variações, para mais ou para menos. E se a variação for para mais, e o Libre para menos, a discrepância fica grande, mesmo que ambos os medidores estejam dentro da margem de erro.Talvez por isso seria interessante usar outra marca de glicosímetro para comparação de vez em quando. Mas valeu mesmo assim. A melhor crítica da web até agora.

  2. Ronaldo, meus parabéns pela avaliação!
    Conheci o sistema há cerca de 1 mês e hoje será o último dia do segundo sensor. Experiência totalmente válida no acompanhamento e controle da glicemia a qual, por causa do alto custo no momento, será repetida algumas vezes ao ano.

  3. Boa noite
    Comprei um sensor porém a diferença para o meu monitor de glicose foi muito grande marcou em torno de 56% pra menos estou em contato e já estão resolvendo onde irão mandar outro sensor pois pode ter vindo com defeito usei dentro dos procedimentos recomendado.

  4. Os gráficos diários após o fim do sensor de 15 dias não são criados de forma nenhuma. É apenas enfeite e publicidade enganosa (art do Código de defesa do consumidor).
    Ah sim, tenho 42 anos e diabetes desde os 5 anos.

  5. Minha esposa usa o sensor e hoje as 6am a glicose alcançou níveis muito baixos perdendo a consciência. O sensor óbvio apontava como Low.

    Depois dela tomar mel e Coca Cola, continuava inconsciente quando resolvemos levá-la ao hospital.

    Chegando lá no medidor de dedo deu 60 e no sensor Low. 1 hora depois medimos com o aparelho do hospital e estava em 240 e o sensor 123. Variações absurdas, não acha?

    Começo a me perguntar a confiança deste sensor uma vez que minha esposa pode estar tomando uma dosagem de insulinasa errada em virtude dos dados apresentados pelo sensor.

    Abcs

  6. Ótima avaliação!

    Para mim, uma grande desvantagem (acho, na verdade, absurda) é o aplicador e o recipiente em que fica a agulha serem descartáveis.
    Me fez decidir pelo uso intermitente do aparelho, só para ajustes de insulina mesmo.

  7. O último sensor utilizado da libre, tive alguns erros na leitura, msg enviadas pelo próprio sensor, ele começou a sair, com 50% colado e a outra solta, liguei para reclamar, mas me perguntaram se as leituras continuavam a registrar, disse que sim, mas os valores estavam dando diferença significativa com o manual!
    Coloquei um adesivo impermeável para fixar e conseguir ficar ate completar os 14 dias, pois a empresa disse que não iriam trocar. Desisti de continuar trocando…, ( fiz umas umas 5 trocas) pois o valor é significativo e o resultado ainda deixa a desejar …!

  8. A pouco recebi um telefonema da #AbbottFreeStyleLibre que compartilharei com esta comunidade.
    A funcionária que me ligou questionou o que havia ocorrido com o sensor que, até então, usava (reparem que a pergunta se refere somente ao último dispositivo). Eu respondi que o problema não era somente com o último sensor. Eu comecei a usar o dispositivo (leitor de glicemia + sensor) no dia 31/12/2022 (horas antes do revelion). Durante o mês de janeiro de 2023 houveram diversos transtornos com o conjunto de mecanismos desenvolvidos pelo laboratório #Abbott e que, em seu material publicitário, prometia coisas que nunca ocorreram. O que se caracterizam como estelionato. Para começar a enumerar os fatos que aconteceram em menos de 1 mês de uso, eu início contando que cheguei a usar 3 (três) sensores diferentes por ter dado problemas (parava de ler a glicemia, dava mensagens de erro e deixava de funcionar, acusava que eu já usava o dispositivo a mais de 14 dias, sendo que eu usava por menos de 7). O aparelho que lia o sensor, de uma hora para outra, parava de ler o sensor preso a meu corpo e todas as leituras feitas até então seriam perdidas . Uma funcionária, no meio de tantas que conversamos, sugeriu que instalássemos um app nos aparelhos celulares meu e de minha esposa, possibilitando que vários instrumentos poderiam ler a glicemia, evitando transtornos de mau funcionamento e perda de dados. Pois bem, funcionou por poucos dias e quando eu estava em hipoglicemia durante a madrugada, minha esposa não conseguiu ler a minha glicemia (não reconhecia o celular de minha esposa). Mais uma mentira, e o pior, aconteceu em um momento de VIDA versus MORTE. Conversando mais uma vez com outra funcionária, foi sugerido que instalássemos um aplicativo que buscava as glicemias realizadas e as salvavam no mesmo (acho que salva na nuvem). Fiquei pesquisando a glicemia por cerca de uma semana quando o sensor parou de funcionar. Foi solicitado que substituíssemos o sensor. Foi quando eu percebi que o aplicativo instalado em meu desktop funcionou durante (mais ou menos) 2 dias. Simplesmente parou de salvar as minhas glicemias. Mais uma promessa que não se confirmou, ou seja, uma trapaça.
    Eu concluo dizendo que a empresa #Abbott faz uso de malandragem criminosa, uma vez que o produto que comercializa não é meramente vender e auferir lucros. Ela está lidando com vidas. Famílias se sacrificam com os poucos recursos que têm para adquirir a engenhoca, que é caríssimo, por acreditar na lorota apresentada. A #Abbott faz uso de mentiras para obter vantagens em proveito próprio por fraude ou logro, vendendo um aparelho e insumos que são uma KK.

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