Alpinistas diabéticos vencem desafio na África
Diabéticos provam de uma vez por todas que doença não é motivo para ficar parado!
Um dos mitos mais persistentes em relação ao diabetes é que ele impede que as pessoas levem uma vida normal. O diabético estaria incapacitado de se alimentar adequadamente, divertir-se como os outros, praticar atividades físicas…
É claro que tudo isto é uma grande bobagem. Alguns cuidados maiores com a saúde são, sem dúvida, fundamentais para quem está com a doença, porém o mais importante a se lembrar é que quem cuida direitinho da saúde (e da glicemia!) pode levar uma vida absolutamente normal!
Quer prova maior disto do que este grupo de 16 diabéticos tipo 1 que, ao longo de uma semana, consegui conquistar o Kilimanjaro, a montanha mais alta de todo o continente africano? Esta jornada representa um esforço enorme, mas todos os diabéticos conseguiram superá-lo – de fato, as únicas pessoas que desistiram no meio do caminho nem tinham diabetes!
Acompanha esta jornada na matéria publicada no portal G1.
Matéria do G1 a seguir:
Um grupo de 11 alpinistas, de várias nacionalidades, participou de uma expedição de seis dias para chegar ao topo da mais alta montanha da África, o monte Kilimanjaro, na Tanzânia. Na bagagem, além dos equipamentos básicos de alpinismo, eles levavam um kit para o controle de uma doença que acomete a todos, o diabetes. O objetivo deles era mostrar que qualquer pessoa com a doença pode e deve praticar exercícios físicos.
No grupo, havia dois brasileiros, Alexei Caio e Marcelo Belon, que vive em Curitiba. Ao G1, Bellon contou como foi a aventura, que ocorreu entre os dias 30 de agosto e 6 de setembro. “É a montanha mais alta da África. A experiência foi fantástica. Conseguimos reunir uma equipe muito bacana”, lembra.
A aventura, embora pareça arriscada, não foi problema para nenhum dos diabéticos que a encarou. Segundo Bellon, o grupo todo era composto por 16 pessoas e as únicas que não chegaram ao fim, sequer possuíam a doença. “Dois não conseguiram”, afirma.
O diabetes é dividido em dois tipos, chamadas pelos números, 1 e 2. Os alpinistas que participaram da expedição possuem o tipo 1, que é quando o pâncreas tem falência total das funções e eles precisam fazer controle de glicemia e aplicações de insulina por toda a vida. Já o tipo 2, normalmente ocorre em pessoas com excesso de peso.
De acordo com a endocrinologista do Hospital de Clínicas de Curitiba, Rosângela Roginski Rea, a prática de exercícios é uma das melhores formas de se controlar a doença, embora esportes extremos exijam mais cuidados, pois pode haver uma queda brusca de glicose no sangue. “A pessoa quando tem diabetes deve se preparar muito bem e tomar os cuidados adequados”, explica.
Bellon diz que, no caso dele, a prática de exercícios físicos sempre foi constante e isso não foi um problema na preparação. Entre os esportes que pratica, ele diz já ter participado de maratonas, provas de triatlo e até de ultramaratonas.
Porém, quando a doença se manifestou, há 27 anos, ele chegou a se assustar. Se apresentou em mim quando eu tinha 14 anos. (…) Naquela época, as coisas eram bem limitadas. Não existia nem refrigerante diet no Brasil. Eu e meu pai íamos até o Paraguai para comprar refrigerantes. Foi um processo de aprendizado”, conta.
Desde a infância, Bellon sempre participou de atividades ao ar livre, muitas delas ligadas ao escotismo. Assim que se acostumou com o diabetes, voltou a praticar os esportes. Sobre a dieta, ele diz que há muitas lendas em relação a isso. “A pessoa que tem diabetes, tem uma dieta muito flexível. Eventualmente, você pode até comer alguma coisa com carboidratos”, diz.
Com o sucesso na conquista do Kilimanjaro, o grupo já pensa em se planejar para novas aventuras. O Monte Aconcágua, na Cordilheira dos Andes, é uma das metas que devem ser buscadas. A montanha já foi conquistada tanto por Bellon, quanto por Alexei, que promove idas constantes ao cume da montanha, de 6,9 mil metros de altitude, mas não pelo restante do grupo internacional.
Fonte: Portal G1
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