Grávidas: como cortar pela metade as chances de ter diabetes?

Muitas mulheres adquirem o diabetes gestacional durante a gravidez. Saiba o que fazer para que ele não se desenvolva no diabetes tipo 2.

Cerca de 2 a 10% das mulheres que engravidam ganham um “presentinho” a mais, além do futuro filho: o diabetes gestacional. Ele é caracterizado por taxas anormalmente altas de açúcar no sangue, geradas pelo desequilíbrio no corpo que a gravidez pode trazer. Este é um tipo de diabetes que surge apenas quando a mulher está grávida e que pode desaparecer completamente após o parto. Porém, em alguns casos, o diabetes gestacional progride para o diabetes tipo 2 e, com isto, a futura mamãe torna-se de fato diabética.

O que fazer para diminuir os riscos do diabetes gestacional se transformar no (ainda incurável) diabetes tipo 2?

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Uma nova pesquisa, publicada na revista científica JAMA Internal Medicine, estudou a progressão do diabetes gestacional em 4.500 mulheres, durante os anos de 1991 a 2007. Vários parâmetros de saúde destas mulheres foram acompanhados, incluindo os hábitos de vida e a quantidade de exercícios físicos praticados.

Os cientistas perceberam que as mulheres que praticaram atividades físicas toda semana mostraram-se muito mais protegidas do diabetes tipo 2 do que as sedentárias.

Segundo o artigo, fazer cerca de 75 minutos por semana de atividades físicas vigorosas – ou então 150 minutos de exercícios mais moderados – diminui em 47% os riscos do diabetes gestacional se tornar diabetes tipo 2.

Além disso, os pesquisadores notam que as mulheres que passaram mais tempo vendo TV (isto é, passaram mais tempo de maneira sedentária) tiveram chances maiores de diabetes tipo 2.

“Nossos resultados, vindos de um estudo de amplo espectro, indicam que praticar mais atividades físicas pode ajudar a diminuir os riscos de progressão do diabetes gestacional para o diabetes tipo 2″, escreveram os pesquisadores.

“Estas descobertas trazem uma mensagem de esperança àquelas mulheres que desenvolveram diabetes gestacional. Apesar de elas correrem riscos bem altos de ter diabetes tipo 2, promover um estilo de vida mais ativo pode diminuir bastante este risco”.