Fórum Internacional de Diabetes debate atendimento a diabético em catástrofes
O problema surgiu quando enchentes e deslizamentos atingiram cidades serranas do Rio de Janeiro.
Do dia 24 ao dia 26 de abril será realizado em Foz do Iguaçu o Fórum Internacional de Diabetes, que vai debater, entre outros temas, como organizar o atendimento a pessoas com diabetes em situações de catástrofes. O problema surgiu quando enchentes e deslizamentos de terra atingiram várias cidades serranas do estado do Rio de Janeiro, em janeiro de 2011. As mais afetadas foram Teresópolis, Nova Friburgo, Petrópolis, Sumidouro e São José do Rio Preto. De acordo com os dados fornecidos pelo governo foram 916 mortes e em torno de 345 desaparecidos, sendo 180 em Teresópolis, 85 em Nova Friburgo, 45 em Petrópolis e duas em Sumidouro. Cerca de 35 mil pessoas ficaram desalojadas em consequência deste desastre natural.
Nesta ocasião, médicos da região serrana do Estado do Rio de Janeiro entraram em contato com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) solicitando ajuda para as pessoas com diabetes que perderam tudo, inclusive seus medicamentos. Os postos de saúde e hospitais desta região também haviam sofrido com a destruição provocada pela grande “tromba” d´água e deslizamentos de terra, não tendo recursos para ajudar. Desta vez as moradias afetadas não foram apenas as ribeirinhas, consideradas áreas vulneráveis, mas também casas cujas construções de alvenaria pareciam extremamente sólidas e cuja localização não apresentava razão para serem levadas pela chuva torrencial.
A partir daí, explica o Dr. Balduíno Tschiedel, presidente do Fórum Internacional de Diabetes, surgiu a necessidade de se criar um projeto pela Sociedade Brasileira de Diabetes para estes desastres naturais que são cada vez mais frequentes no Brasil. Uma iniciativa já foi iniciada e vem orientando a população com diabetes tipo 1 ou do tipo 2 sobre como sobreviver nestes momentos de crise.Estas orientações tangenciam a conservação de insulina de forma emergencial (tipos de insulina e como usar uma substituição da mesma ou de medicamento antidiabético oral na ausência do que estava prescrito), os recursos de higiene mínimos a serem utilizados para o manuseio e reaproveitamento de seringas de insulina, a automonitorização, alimentação e hidratação em momentos de escassez e o descarte do material utilizado.
Um dos objetivos da SBD é dar orientação técnico científica com relação aos cuidados necessários para os desassistidos nos momentos de catástrofes e também dar assistência através de uma espécie de “linha direta” com as entidades que possam doar os medicamentos e apoio ao tratamento para as pessoas com diabetes que sejam atingidas por desastres naturais.
É importante lembrar que no final do ano de 2013, também ocorreram várias enchentes no sudeste do Brasil, após fortes chuvas nos estados do Espírito Santo e Minas Gerais, deixando cerca de 30 mortos e 50 mil pessoas fora de suas casas. Mais de cem municípios nos dois estados foram afetados. O tema vai ser amplamente debatido durante o Fórum Internacional de Diabetes.
Fonte: Jornal do Brasil
Remissão do diabetes tipo 2 é uma realidade cada vez mais frequente, afirmam entidades médicas
Um dos termos mais procurados junto com “diabetes” é “cura“. Afina…