EUA: novos parâmetros para testes de diabetes gestacional
EUA recomendam exame de diabetes para todas as grávidas, a partir da 24.ª semana de gestação.
O departamento de serviços preventivos dos EUA lançou, em publicação neste mês de janeiro do Annals of Internal Medicine, recomendações para o rastreio de diabetes gestacional. Segundo a determinação, todas as mulheres, sintomáticas ou não, devem ser examinadas depois das 24 semanas de gravidez para o rastreio do diabetes gestacional.
De acordo com Fabiano Sandrini, endocrinologista do Laboratório Frischmann Aisengart, a recomendação foi feito devido ao aumento no número de mulheres com a doença, que tem efeitos não só sobre a mãe, mas também sobre o bebê. “Dependendo da região dos Estados Unidos, a taxa de diabetes gestacional chega a 25%. Já, no Brasil, o problema afeta cerca de 7% das mulheres”, compara o especialista.
O diabetes gestacional é o aumento dos níveis de açúcar no sangue durante a gravidez de mulheres que antes não apresentavam a doença. O problema aparece depois do segundo trimestre e, uma vez diagnosticado, persiste até o fim da gestação. Os sintomas da doença não ficam muito claros durante a gravidez, já que são comumente confundidos com mudanças do organismo típicas deste período.
O médico explica que o diabetes gestacional acontece porque a placenta produz diversos hormônios que podem bloquear parcialmente a ação de insulina, a substância responsável pelo transporte do açúcar do sangue para dentro das células. Na maioria das mulheres o pâncreas reage a essa situação, liberando mais insulina para superar essa resistência. “Mas em pacientes com o diabetes gestacional é como se a glândula não conseguisse suprir esta demanda. Assim, a produção de insulina será insuficiente para que o corpo processe adequadamente o excedente de glicose que está na circulação. E, então, conforme as semanas de gravidez avançam e a placenta cresce, eleva-se o risco do diabetes surgir”, afirma.
Sandrini revela que o diabetes gestacional não impede uma gestação tranquila, desde que diagnosticado precocemente e que a gestante receba acompanhamento médico durante a gravidez e após o nascimento do bebê. “Para isso, é essencial que as mulheres façam exames para conferir a taxa de açúcar no sangue”, alerta.
A endocrinologista lembra que estudos têm revelado que as crianças nascidas de mães diabéticas têm risco aumentado de desenvolverem obesidade e diabetes durante a adolescência. “Por isso, os cuidados com a alimentação prosseguem após o parto, para mãe e filho”, recomenda.
Fonte: ParanaShop
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