Estudo garante: quem toma metformina vive mais
De acordo com recente pesquisa britânica, tanto diabéticos quanto não-diabéticos se beneficiam ao usar o popular medicamento para controle da glicemia.
Quando pesquisadores da Universidade de Cardiff, na Inglaterra, resolveram estudar se havia diferenças entre as taxas de mortalidade de diabéticos usuários de metformina e de sulfonilureias, eles nunca imaginaram descobrir que um dos mais populares antidiabéticos parece ser uma espécie de “elixir da vida longa” – inclusive para quem não está com a doença.
O estudo, publicado na última edição da revista científica Diabetes, Obesity & Metabolism, analisou dados de saúde de mais de 180 mil britânicos, adquiridos de bancos de dados médicos no país. Destes, 90 mil eram diabéticos que utilizam ou metformina ou sulfonilureias para controlar a glicemia. Os outros 90 mil eram pessoas não-diabéticas, porém com aspectos físicos e de saúde (como sexo, idade, ser ou não fumante etc) muito similares ao do grupo dos diabéticos.
GLOSSÁRIO RÁPIDO
Metformina – medicamento que ajuda a baixar a glicemia ao diminuir a produção de glicose no fígado e aumentar a sensibilidade das células à ação da insulina.
Sulfoniluréias – medicamentos que estimulam a produção de insulina pelas células-beta do pâncreas.
Saiba mais em: Como Funcionam os Medicamentos para Diabetes?
OS RESULTADOS SURPREENDENTES DO ESTUDO COM A METFORMINA
Os autores do trabalho acreditavam que quem estava com diabetes teria uma sobrevida um pouco menor do que o grupo controle, conforme apontam diversas estudos em todo o mundo. Não foi isso que as análises estatísticas mostraram. Em média, usuários da metformina viveram cerca de 3 anos a mais do que o grupo controle, o que equivale a uma sobrevida de 15%.
Entre os usuários de sulfonilureias, por outro lado, a expectativa de vida diminuiu.
“Os resultados apontam, de maneira surpreendente, que este medicamento barato e amplamente receitado [a metformina] tem efeitos benéficos não apenas para pacientes com diabetes, mas também para quem não está com a doença e, interessantemente, também para diabéticos tipo 1”, afirmou o dr. Craig Currie, autor do artigo e professor na Escola de Medicina da Universidade de Cardiff.
Segundo ele, o trabalho é um forte argumento para que a metformina se mantenha popular entre médicos na hora de receitar tratamentos para controle da glicemia a seus pacientes.
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Dica de leitura:
Remissão do diabetes tipo 2 é uma realidade cada vez mais frequente, afirmam entidades médicas
Um dos termos mais procurados junto com “diabetes” é “cura“. Afina…
Eu tomo metformina há um ano Mas eu não acredito que abaixa tanto a glicose Eu tenho um pouco de dúvida sobre o uso dela.