Encontrado elo entre diabetes e problemas de crescimento
Pesquisa descobre que uma única proteína, chamada de PICK1, possui papel fundamental no funcionamento correto da insulina e do hormônio do crescimento.
Quando a gente pensa que já conhece bem o corpo humano…sempre surge uma novidade que traz consigo reviravoltas no entendimento do nosso funcionamento interno! A última destas notícias revolucionárias veio de uma equipe de cientistas da Universidade de Copenhague, na Dinamarca. Eles descobriram um mecanismo que pode ajudar a explicar, ao mesmo tempo, por quê algumas pessoas crescem pouco e/ou têm diabetes. O segredo está numa proteína chamada PICK1.
A pesquisa, publicada no respeitado periódico científico PLOS Biology, revela como a PICK1 possui papel fundamental no funcionamento correto de dois hormônios humanos: o do crescimento e a insulina.
Hormônios, em termos simples, são mensageiros químicos transportados pelo sangue capazes de atuar bem longe de onde são produzidos. Por exemplo, a insulina é o hormônio que ajuda as células do corpo a “captar” o açúcar no sangue. Ela é produzida no pâncreas, porém tem efeito no organismo inteiro. Há um detalhe interessante na maneira como os hormônios funcionam. As células que produzem hormônios (como as células beta do pâncreas, no caso da insulina) os mantêm armazenados em vesículas até que recebam um sinal para que “enviem” estas vesículas para algum lugar do corpo.
É justamente na formação destas vesículas que a PICK1 atua. Caso haja algum problema aí, os hormônios poderão deixar de ser enviados corretamente para fora da célula, criando problemas de saúde. “O processo é comparável a uma fábrica na qual pecinhas de Lego são empacotadas. Se as caixas não forem empacotadas corretamente e não puderem ser enviadas no tempo certo e para o destinatário certo, isto causará problemas. No nosso caso, problemas com o hormônio do crescimento e a insulina”, explicou Birgitte Holst, uma das autoras do trabalho.
Imagine então a cena: a insulina é corretamente produzida pelo organismo para lidar com o excesso de açúcar no sangue. Porém, ela não consegue sair das células nas quais foi produzida, já que o “meio de transporte” para fora destas células (as vesículas) não foi formado corretamente, devido a um erro de funcionamento da PICK1.
Os pesquisadores ainda não sabem exatamente como esta descoberta influenciará futuros tratamentos para deficiências no crescimento ou para o diabetes, porém estão certos de que quanto mais se souber sobre estas doenças, mais fácil será no futuro buscar novas maneiras de tratá-las. É assim que progride nosso conhecimento médico e científico, paulatinamente, um passo de cada vez. Mas como chegamos longe com estes passinhos!
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