Educação: o problema número 1 na hora de lidar com o diabetes
Relatório aponta que desinformação sobre a doença é o principal problema a ser sanado quando o assunto é diabetes. Para boa parte da população, faltam as noções mais elementares.
O que mais faz falta na hora de cuidar do diabetes? De acordo com um relatório do governo inglês, o problema número um afetando os diabéticos no país é a falta de educação sobre a doença.
A Inglaterra é reconhecida internacionalmente por possuir um sistema de saúde inclusivo e bastante eficiente. Boa parte da população consegue acesso básico a profissionais da saúde e medicamentos de ponta para tratar o diabetes e demais doenças. Porém, mesmo com estas facilidades, o controle do diabetes ainda é precário em terras bretãs.
Um estudo publicado em outubro mostrou que, na Inglaterra, 1 de cada 3 diabéticos não estava conseguindo manter a glicemia em níveis adequados.
O que fazer para melhorar este quadro? Investir em mais médicos, ampliar o tempo de consulta, comprar novos medicamentos? Nada disso. Segundo o relatório, o principal a se fazer é garantir que todos os pacientes recebam doses altas de educação básica sobre o diabetes.
O QUE TEM DE SER FEITO (DICAS QUE VALEM A PENA PARA O BRASIL TAMBÉM)
O documento foi preparado pelo Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Tratamento (NICE, na sigla em inglês) do Reino Unido. De acordo com os especialistas do NICE, os seguintes passos deverão ser adotados nos próximos anos para sanar boa parte dos problemas dos diabéticos no país.
- Adultos que estão com diabetes tipo 1 deverão visitar seu médico, no mínimo, a cada 3 ou 6 meses. Durante estas visitas, a glicemia deverá ser medida por um profissional.
- Diabéticos tipo 1 receberão ajuda e orientação para que monitorem a glicemia pelo menos 4 vezes ao dia, e ainda com maior freqüência caso não consigam controlar as taxas de açúcar no sangue, queiram dirigir ou estejam praticando esportes.
- Todo diabético tipo 1 deverá fazer um pequeno curso educativo sobre noções básicas da doença.
- Crianças com diabetes tipo 1 deverão receber atendimento intensivo quanto ao uso de insulina, além de terem aconselhamento nutricional e demais cursos educativos.
“Na última década, surgiram grandes mudanças na maneira como nós tratamos tanto adultos quanto crianças com diabetes. Hoje, é muito mais fácil uma pessoa conseguir atingir metas precisas de valores de glicemia”, disse o professor Mark Baker, diretor do NICE. O objetivo, agora, é transferir estas novas facilidades para a vida prática dos diabéticos, através dos cursos educativos.
A idéia inglesa poderia ser adaptada, também, no nosso país. No Brasil, segundo dados do IBGE em 2013, 11,5% da população nunca fez nenhum exame de glicemia. Em áreas rurais, este índice ultrapassa os 20%. A manutenção da glicemia em valores adequados aumenta a sobrevida de quem está com diabetes, evita uma série de complicações e gera uma melhora substancial na qualidade geral de vida.
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