Diabetes melhora após a cirurgia da coluna lombar
Oficialmente, o dia 14 de novembro é conhecido como o Dia Mundial do Diabetes, data de mobilização mundial, quando governos, sociedade civil, profissionais de saúde, pacientes e familiares voltam seus olhos sobre a doença crônica de maior impacto no mundo. Segundo a Federação Internacional de Diabetes, em todo mundo, mais de 300 milhões de pessoas têm a doença, e um alto percentual vive em países em desenvolvimento.
De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, aproximadamente 5,8% da população, a partir dos 18 anos, têm diabetes tipo 2, o que equivale a 7,6 milhões de pessoas. O diabetes tipo 1 e 2 juntos atingem 10 milhões de pessoas.
Estima-se que metade dos pacientes diabéticos não sabe que está doente. Em países em desenvolvimento esse índice chega a 80%. Essas pessoas evoluem longos anos sem nenhum sintoma que possa desmascarar a doença. Quando passam a apresentar sintomas, eles são muitas vezes vagos e inespecíficos, e são confundidos com cansaço e estresse. Somente quando o paciente passa a urinar muito, beber muita água e emagrecer é que as pessoas procuram atendimento médico.
“Esse período de doença assintomática pode durar vários anos e pode definir a evolução da doença. Quando detectado precocemente, o diabetes pode evoluir como uma doença de fácil tratamento, ao passo que um diagnóstico tardio acarreta em uma doença grave e debilitante com complicações graves”, afirma o neurocirurgião Cezar Augusto Oliveira (CRM-SP 123.161), especialista em coluna.
O número de pacientes diagnosticados com diabetes está aumentando em todo o mundo. Diversos relatos demonstram que a doença é um fator de risco para infecção do sítio cirúrgico ou outras complicações após a cirurgia lombar. Além disso, o diabetes, por vezes, provoca neuropatia periférica ou angiopatia.
Segundo pesquisa publicada no Spine Journal, jornal oficial da Sociedade Norte-Americana de Coluna, pacientes com diabetes que têm a doença há muito tempo, controle glicêmico pobre e fazem uso de insulina apresentam níveis de melhora abaixo do ideal, em termos de resultados clínicos após uma cirurgia da coluna lombar.
Para chegar a tal conclusão, pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Osaka, no Japão, compararam características e resultados de 41 pacientes com diabetes e 124 pacientes sem diabetes após a cirurgia da coluna lombar.
De acordo com os cientistas, pacientes com diabetes são mais propensos a apresentarem baixos níveis de melhora na dor lombar se têm diabetes há mais de 20 anos, taxas de hemoglobina A1c superior a 6,5% ou se fazem uso de insulina.
“Segundo os resultados do estudo, a duração do diabetes por mais de 20 anos ou taxas de hemoglobina A1c superior a 6,5% são fatores de risco independentes para uma melhora menos acentuada na dor lombar após a cirurgia. Já a duração do diabetes por mais de 20 anos ou o uso de insulina são fatores de risco independentes para pouca melhora na dormência das pernas no pós-operatório”, afirma Cezar Oliveira, membro da Sociedade Brasileira de Coluna.
Fonte: Alagoas 24 Horas
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