Como evitar a “Doença da Cadeira”
Passar muito tempo sentado todos os dias dispara as chances de desenvolver diversas condições, inclusive diabetes tipo 2. Um assento inteligente pode ajudar a evitar a chamada “doença da cadeira”.
Passar o dia sentado é um convite a ficar doente. Além dos óbvios problemas na coluna, no pescoço e nos ombros, todos devidos à má postura, várias pesquisas médicas já demonstraram que ficar sentado durante muitas horas todos os dias aumenta os riscos de doenças renais e cardíacas, obesidade e diabetes tipo 2. Estes efeitos nocivos aparecem inclusive em pessoas que praticam atividades físicas regularmente – e que, portanto, podem ser consideradas “ativas” -, porém não conseguem escapar de trabalhar sentadas. O que fazer se, por um lado, é necessário ficar sentado durante horas, mas, por outro, isso faz tão mal à saúde?
Pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, desenvolveram um método inusitado para curar a “doença da cadeira” – a síndrome decorrente de ficar muitas horas sentado diariamente. Eles inventaram um assento que apita quando alguém fica sentado sobre ele durante muito tempo. Assim que o indivíduo se levanta, o alarme pára. Além disso, o aparelho é realmente inteligente: caso o alarme soe, a pessoa se levante e volte a sentar pouco tempo depois, o barulho recomeça.
Eis o assento que “apita” quando alguém fica sentado durante muito tempo sobre ele, estimulando, assim, a movimentação. Gemma Ryde, University of Queensland.Os primeiros testes realizados em escritórios mostraram que os funcionários costumam passar 2/3 de seu tempo sentados. Ou seja, de uma jornada de trabalho de 8 horas, passam-se cerca de 5 horas e meia sentado. Além de ser ruim para a saúde dos funcionários, os pesquisadores argumentam que os patrões ficarão interessados em adquirir a nova tecnologia em seus ambientes de trabalho, garantindo maior qualidade de vida para quem passa o dia sem se mexer o suficiente.
“Nossos estudos mostraram que o assento inteligente é uma ferramente de medição altamente acurada, a qual pode objetivamente medir o tempo que se permanece sentado à mesa e o número de vezes que um funcionário se levanta”, garantiu Gemma Ryde, uma aluna da universidade envolvida no projeto. Ela complementa, citando os benefícios para empregadores: “Intervenções focadas em reduzir o tempo que se passa sentado frente à mesa devem ser voltadas a cada empregado individual, em tempo real, conforme o período de permanência na cadeira ocorre.”
Será mesmo necessário utilizar uma tecnologia como o “assento inteligente” para estimular as pessoas a levantar os glúteos da cadeira e se mexer um pouco? Já que é a nossa saúde que está em jogo, é necessário um alarme sonoro no assento para que nos decidamos a não passar tanto tempo sentado? Pelo visto, infelizmente, os pesquisadores australianos acreditam que sim.
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