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Como é que eles conseguem?

Empresa farmacêutica Lilly patrocina pesquisa “de ponta” visando a descobrir como é que cachorros são capazes de farejar hipoglicemia em seus donos.

Já faz um bom tempo que pessoas com dificuldades de locomoção ou deficiências visuais utilizam cães companheiros para ajudá-las no dia a dia. Só mais recentemente é que cachorros começaram a ser utilizados no auxílio aos diabéticos. Animais treinados são capazes de farejar a hipoglicemia em seus donos. Apesar de caros – um cachorrinho treinado neste tipo de reconhecimento custa cerca de R$40,000 -, eles se tornam uma ajuda valiosa, especialmente para diabéticos tipo 1, os quais são muito mais propensos a ter crises de hipoglicemia. Além disso, como diabéticos tipo 1 possuem a condição desde muito cedo na vida, tendem a perder paulatinamente a capacidade de reconhecer os sintomas da hipoglicemia com o passar dos anos, o que é muito perigoso. Passar muito tempo com baixas taxas de glicose no sangue pode levar a convulsões, à perda de consciência e até mesmo à morte. Ter um cão farejador ao lado torna-se uma companhia inestimável.

Visando a entender o que exatamente estes cães treinados farejam em seus donos, a farmacêutica Lilly, através de sua divisão de diabetes, está financiando pesquisas em associação com canis dos EUA. Como disse um dos representantes da empresa, “Nós entendemos algumas das mudanças bioquímicas que ocorrem com a hipoglicemia, mas nós ainda não temos uma visão temporal abrangente destas mudanças, nem entendemos o que exatamente o cachorro sente. (…) O odor que captam parece ser bastante específico; de fato, cachorros são treinados de acordo com o cheiro de seus donos. Então se pudermos identificar o que o cachorro fareja, pode ser possível expô-los a quantidades maiores deste composto para um treinamento mais rápido e eficiente. Mas o que é empolgante nisso é como poderemos aplicar as descobertas para soluções práticas de tratamentos para pessoas com diabetes. Este é o cerne de tudo o que fazemos”.

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Se já é gostoso ter um cachorrinho em casa fazendo companhia, imagine um que auxilie ainda no tratamento do diabetes! Farejar baixas taxas de açúcar no sangue do dono e alertá-lo do perigo são uma enorme ajuda aos diabéticos, especialmente os do tipo 1, que costumam perder cedo a sensibilidade para os sintomas da hipoglicemia (cerca de 5 a 10 anos após o diagnóstico). Daí, quem não tem cão caça com picadas rotineiras no dedo – o que não é tão agradável quanto uma latida de alerta, convenhamos!

Comentamos sobre estes cães especiais neste post, no qual uma mamãe diabética resolveu adquirir um depois que quase foi dormir com sua glicemia perigosamente baixa.

Agora é esperar que a moda chegue ao Brasil – e que os preços por aqui sejam um pouco menos salgados!

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