Após descobrir diabetes, natalense muda estilo de vida e perde 21 kg
Karla se revoltou com o diagnóstico e não seguiu orientações médicas. Depois de passar mal e ir ao hospital, ela percebeu que teria que mudar.
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Aos 28 anos de idade, a natalense Karla Lidyane Rocha da Silva descobriu que tinha diabetes após passar mal em uma viagem de Natal a Guamaré, cidade onde mora, no Rio Grande do Norte. “Quando desci do ônibus, desmaiei. Fui para a enfermaria e minha glicemia estava alta, então a médica pediu que eu fizesse exames para ver se tinha algo errado”, lembra a bibliotecária, hoje com 30 anos.
Assustada, ela procurou um endocrinologista e, depois de fazer vários exames, acabou recebendo o diagnóstico da doença. “Meu pai e avô são diabéticos, mas eu não nasci assim. Desenvolvi por causa dos maus hábitos que levava”, conta. O médico orientou Karla a se cuidar e a melhorar a alimentação, mas o alerta não pareceu funcionar no começo. “Quando soube que estava doente, eu não quis fazer o que ele me pediu e me revoltei. Comecei a comer tudo o que via pela frente”, diz.
Não demorou para a revolta de Karla logo trazer consequências – ela voltou a passar mal e foi parar no hospital. “Depois do diagnóstico, engordei ainda mais. Tenho 1,65 m e estava com 79 kg na época”, lembra. A iniciativa de mudar e seguir as orientações médicas veio só depois de um apelo de sua mãe, bastante preocupada com a situação da filha. “Eu sou filha única, então ela disse que só tinha a mim no mundo e que precisava de mim para viver. Então, ou eu me salvava ou seria ruim para todo mundo”, conta a natalense.
Por causa do excesso de peso, Karla chegou também a perder o namorado – o rapaz, que era esportista, terminou o relacionamento e enfatizou que estava fazendo aquilo “porque ela estava gorda e saía feia nas fotos”. “Ele disse que não conseguiria se relacionar com uma pessoa que não se cuidasse. Não acho que ele estava com razão, mas não fiquei tão mal na época porque o fato de eu estar acima do peso era normal na minha cabeça”, lembra.
Após todos esses sinais de que precisava tomar uma atitude, Karla começou aos poucos a fazer pequenas mudanças em seu dia a dia. “Tem uma nutricionista no meu trabalho que sentou comigo, me orientou e colocou a mudança na minha cabeça, aí comecei a fazer uma dieta”, lembra.
A bibliotecária, que estava acostumada a comer bolos, salgados, massas e a tomar muito refrigerante, teve que se conscientizar de que sua alimentação era ruim, principalmente por causa da diabetes. “Eu tinha uma conta em um restaurante perto de casa, que eu pagava no fim do mês. Não me dava ao trabalho de sair para comer, então pedia sempre panqueca, pizza ou algo desse tipo”, diz.
Uma das principais mudanças que Karla fez foi cortar o refrigerante. “Fora isso, comecei a substituir pão normal por integral, queijo amarelo por queijo branco e diminuí quase totalmente as massas. Hoje eu convivo muito bem sem açúcar e sou fã de saladas”, conta satisfeita.
Para a tristeza do dono do restaurante, Karla fechou a conta que tinha e passou a fazer sua própria comida. “Não como mais do jeito que eu comia antigamente. Faço minhas refeições a cada três horas e me alimento sempre bem”, diz.
Junto com a alimentação, a natalense resolveu se arriscar também na atividade física e começou fazendo pequenas caminhadas na rua. “Em Guamaré, as pessoas não têm o hábito de fazer esporte, então me viam caminhando na rua e achavam que eu era doida”, lembra, aos risos. Mesmo com os olhares, ela continuou se exercitando e, quando percebeu, já estava correndo. “Hoje corro 6 km por dia e até participo de corridas de rua. Comecei também a fazer natação e agora estou fazendo treinos funcionais”, conta.
Os novos hábitos logo refletiram na balança e Karla saiu dos 79 kg para os 58 kg. “Perdi 21 kg. A meta era que eu chegasse aos 60 kg, peso que me ajudaria a controlar a diabetes, mas eu perdi mais 2 kg para ficar mais à vontade”, diz. Atualmente, com o novo peso e com a doença controlada, ela acredita que é possível criar um novo caminho na vida e ser saudável. “Não precisa ser metódico o tempo todo, mas dá para viver melhor e dá para conviver com a diabetes. Tudo melhorou, é um milagre. Hoje sou muito mais saudável e, para mim, isso tudo é uma vitória”, finaliza.
Fonte: Bem-estar
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