Ácido úrico favorece doenças cardiovasculares e diabetes
O ácido úrico é produto final do metabolismo das purinas, gerado após a quebra de DNA, RNA e ATP, além de também ser gerado pelas proteínas. Ele serve de mediador de dano vascular e altos níveis dele são decorrentes de excesso de produção e/ou baixa excreção. Atualmente, seus níveis variam de 2,5-12 mg/dl, ou mais. Pessoas com altas concentrações de ácido úrico são mais propensas a desenvolverem gota e pedras renais. Além disso, aumenta as chances de desenvolvimento de obesidade, síndrome metabólica, diabetes, esteatose hepática, hipertensão e doenças cardiovasculares e renais.
Alguns estudos sugerem que o ácido úrico parece ter papel pró-inflamatório por estimular a libertação de MCP1 e de IL6, síntese de TNF-alfa conduzindo a lesão endotelial vascular. Parece também estimular a produção de PCR (proteína C reativa) conhecido por ser um marcador de resposta inflamatória e preditora de doença cardiovascular aterosclerótica. Ele também aumenta a produção de endotelina 1, que atua inibindo o óxido nítrico e provocando uma vasoconstrição, o que dificulta a passagem sanguínea e pode aumentar a pressão arterial.
A ingestão aumentada de frutose (principalmente na forma de sacarose e de xarope de milho) está associada ao aumento dos níveis séricos de ácido úrico o que contribui para o desenvolvimento de resistência à insulina e o aparecimento de obesidade, diabetes e síndrome metabólica. Alterações no estilo de vida e na dieta parecem ajudar no combate a hiperuricemia e, muitas vezes, há a necessidade de intervenção farmacológica.
Fonte: A Tarde
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