A revolta bem-comportada dos “tweens”
Pela primeira vez, estudo analisa o que acontece quando crianças diabéticas deixam a infância e adentram a rebelde fase adolescente – será que manterão os mesmo padrões de acompanhamento glicêmico?
Todos sabemos a importância de cuidado contínuo da saúde por qualquer pessoa, independente da faixa etária, e especialmente se ela possuir uma condição como o diabetes.E todos sabemos o quão complicado e exigente este acompanhamento diabético pode ser. Quando se é uma criança com diabetes tipo 1, é natural que o tratamento, em especial a freqüência de monitoramento de glicose sangüínea (FMGS), seja razoavelmente bem feito. Afinal, o médico mandou, a mamãe mandou, papai mandou e titias mandaram que o pimpolho não se descuidasse com a saúde. Todavia, uma vez atingida a adolescência, tantos mandamentos começam a soar um pouco insuportáveis, e a rebeldia impera.
Ou talvez não. O doutor Joseph R. Rausch, Ph.D., do Cincinnati Children’s Hospital Medical Center, e seus colegas realizaram um estudo de dois anos de duração, acompanhamento 255 crianças diabéticas inicialmente na faixa dos 9 aos 11 anos. Descobriram que, conforme envelheciam, a FMGS decrescia de 4.9 para 4.5 checagens diárias, o que pôde ser correlacionado com a aumento nas taxas de HbA1c (a hemoglobina glicada, presente no sangue quando a glicemia não é corretamente controlada durante um bom tempo) de 8.2 para 8.6 porcento. Os cientistas calcularam que apenas uma checagem a menos por dia resultava em um aumento de 1.26% de HbA1c.
Os números podem parecer preocupantes para alguns, compreensíveis para outros e insignificantes para boa parte.Talvez quem tenha “tweens” em casa se assuste com baixas tão pequenas na FMGS. Porém, continua valendo a máxima da vovó, do vovô, do papai, da mamãe, das titias e do médico: quanto à vida e a saúde, todo o cuidado é pouco! E ponha um casaquinho antes de sair de casa.
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