A relação entre respirar mal à noite e o diabetes tipo 2
Pesquisa mostra que quem sofre da apnéia do sono – muito comum em todo o mundo – corre riscos maiores de ter diabetes tipo 2.
Sabia que dormir mal também é um fator de risco para o desenvolvimento do diabetes tipo 2?
Diversas pesquisas médicas já apontaram que um dos distúrbios do sono mais comuns, a apnéia obstrutiva, está intimamente correlacionada ao aumento das chances de diabetes.
Enquanto dormimos, ocorre um relaxamento natural dos músculos da garganta. Esse relaxamento pode fazer com que a garganta se feche por alguns segundos e interrompa a passagem de oxigênio. Apneia do sono é quando esses fechamentos duram mais de 10 segundos e acontecem com frequencia durante a noite. A falta de oxigênio faz a pessoa acordar, prejudicando seu sono e sua qualidade de vida também durante o dia.
Um dos principais motivos para isto, como mostra esta reportagem exclusiva de Ricardo Aguiar, repórter do Diabeticool, é que a apnéia causa falta de oxigênio no nosso corpo enquanto dormimos. A má oxigenação é prejudicial às nossas células beta, as produtoras de insulina, causando desgaste e morte celular.
NOVA PESQUISA
Um estudo recém-publicado aumenta a gama de evidências de que ter apnéia obstrutiva do sono pode, de fato, levar ao diabetes. Uma equipe de cientistas, liderada pela dra. Tetyana Kendzerska, da Universidade de Toronto, analisou a progressão da saúde de mais de 8600 pessoas, durante os anos de 1994 a 2010. Todas elas sofriam da apnéia do sono.
Ao longo deste tempo de estudo, cerca de 12% do grupo desenvolveu diabetes tipo 2. A partir deste dado, os pesquisadores descobriram que quem tinha apnéia severa durante a noite (as vias aéreas superiores ficavam praticamente inteiras fechadas) teve chances 30% maiores do que o normal de desenvolver diabetes do tipo 2.
Tratar a apnéia ainda não é a coisa mais bonita ou confortável do mundo, mas pelo menos melhora muito a qualidade do sono e garante uma noite bem dormida.Outros fatores foram levados em consideração para se chegar a este número, como idade, sexo, peso, ser ou não fumante, etc.
“Após ajustarmos os dados para outras causas potenciais, pudemos demonstrar que há uma associação significativa entre apnéia obstrutiva do sono severa e o risco de desenvolver diabetes”, disse Tetyana em um comunicado à imprensa.
“Nossas descobertas de que a falta de oxigênio prolongada, o tempo menor de sono e a taxa maior cardíaca estão associadas ao diabetes são consistentes com os mecanismos fisiopatológicos que medeiam a relação entre a apnéia do sono e a doença pancreática”, revelou.
COMO TRATAR A APNÉIA DO SONO?
Se você acredita estar com apnéia obstrutiva (ou tem certeza disto!), não deixe de clicar aqui e ver dicas de como tratá-la!
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