Hackers podem invadir um pâncreas artificial?
Já pensou ter suas informações de saúde roubadas ou adulteradas por um invasor virtual? A preocupação é real e é destaque em periódico científico sobre diabetes.
Opâncreas artificial é o sonho de consumo tecnológico de muitos que convivem com o diabetes tipo 1. Através de sistemas automatizados, o equipamento é capaz de medir continuamente as taxas de açúcar no sangue e liberar insulina na medida exata para corrigir a glicemia. Diversos estudos mostram que o tratamento do diabetes com o pâncreas artificial é melhor e mais fácil do que com os métodos tradicionais.
[pullquote]Tanta tecnologia não está livre de vulnerabilidades – e quando um aparelho controla diretamente nossa saúde, todo cuidado é pouco.[/pullquote]Uma outra vantagem dos “pâncreas biônicos” é que eles são capazes de enviar dados precisos de glicemia para celulares ou computadores, facilitando as leituras e a impressão dos informações para levar ao médico.
Porém, tanto tecnologia assim tem seu lado ruim. O maior deles é o preço. Apesar de modelos já existirem há algum tempo no mercado internacional, ainda é muito raro ver brasileiros com o pâncreas artificial. E um outro problema, menos reconhecido, ganhou destaque na literatura científica nas últimas semanas: a segurança.
PERIGO NO AR
Se, hoje em dia, hackers conseguem invadir computadores, tablets, telefones – qualquer coisa conectada à internet -, será que não há perigo de alguém sabotar pâncreas artificiais?Esta é uma preocupação séria que acaba de render um artigo científico. Cientistas da Mayo Clinic – um centro de referência em pesquisas médicas nos EUA – publicaram um estudo no periódico Diabetes Technology & Therapeutics afirmando que a segurança dos pâncreas artificiais atuais é precária, e que medidas devem ser adotadas o mais rápido possível para garantir a segurança dos diabéticos.
Os pesquisadores explicam que dois tipos de problemas graves de segurança podem ocorrer em pâncreas artificiais: erros de programação nos aplicativos que controlam o equipamento e falhas de segurança online, durante a comunicação de dados.
Eles explicam a situação com um exemplo: imagine que um usuário de pâncreas artificial tenha uma leitura de glicemia “adulterada”, seja por erro de programação ou por alguma invasão hacker. Se a glicemia da pessoa estiver normal, mas esta leitura adulterada apontar níveis muito altos de açúcar no sangue, o aparelho pode interpretar isto como hiperglicemia e liberar uma quantidade alta de insulina para baixar os valores. As conseqüências disto para quem já estava com a glicemia normal podem ser perigosíssimas.
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SEGURANÇA REFORÇADA
O estudo sugere que os fabricantes de pâncreas artificiais tornem os aplicativos que os controlam mais “robustos”. Um exemplo é programar para que haja checagens extra caso algum valor de glicemia muito discrepante apareça.Além disso, todos os fabricantes devem relatar publicamente quais protocolos de segurança online utilizam nos aparelhos que transmitem dados. Esta seria uma garantia de que há camadas de proteção contra adulteração e roubo de dados pessoais nestes equipamentos.
Os cientistas da Mayo Clinic não são os únicos preocupados com a segurança eletrônica de equipamentos médicos. No ano passado, a FDA, agência regulatória de medicamentos dos EUA, lançou um guia de cybersegurança para equipamentos médicos, visando justamente o emergente mercado de pâncreas artificiais.
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