Home Mães & Filhos Chances de desenvolver diabetes podem ser definidas já no útero

Chances de desenvolver diabetes podem ser definidas já no útero

Novo estudo mostra como o tipo de alimentação das gestantes influencia diretamente a saúde futura dos bebês. Descubra aqui!

Uma equipe de pesquisadores alemães mostrou evidências de como a alimentação das gestantes influencia diretamente o funcionamento do corpo de seus bebês. Segundo eles, o experimento traz uma possível nova explicação do porquê filhos de grávidas diabéticas ou obesas têm chances muito maiores de desenvolver diabetes no futuro.

Ninguém sabe ainda o motivo pelo qual estas crianças correm riscos maiores de ter diabetes. Será que filhos de mães obesas – e que portanto se alimentam de maneira inadequada – serão mal alimentados, ficarão acima do peso recomendável e, por isto, desenvolverão diabetes tipo 2? Será que a obesidade e/ou diabetes da mãe são genéticos – e serão passados “de herança” para as crianças? Todas estas são hipóteses que os cientistas atualmente investigam. A equipe alemã, porém, tem uma idéia diferente…

 

UMA NOVA HIPÓTESE

O novo trabalho científico, publicado no periódico especializado Diabetologia, afirma que doenças como o diabetes, a obesidade e a hipertensão podem ser causadas pela maneira errada com que o cérebro utiliza a insulina. Se existe uma resistência à insulina no órgão, as chances destas doenças ocorrerem é maior.

Assim, os cientistas resolveram medir a atividade cerebral de bebês ainda no útero (através de sons e um moderno encefalograma), de acordo com a dieta da mãe.

As gestantes que participaram do trabalho fizeram uma espécie de teste de tolerância à glicose, tomando uma solução cheia de açúcares. A glicemia delas foi medida logo após tomarem a bebida e também uma e duas horas depois. Ao mesmo tempo, a atividade do cérebro de seus filhos foi medida.

A conclusão das medições foi clara: os bebês de mães que eram mais propensas ao diabetes (tinham maior resistência à insulina) tiveram tempo de resposta cerebral consideravelmente menor do que o padrão.

Segundo os pesquisadores, esta é a primeira vez que uma correlação direta entre o funcionamento do cérebro dos bebês e a alimentação materna é feita.

Eles explicam que aí pode estar uma possível nova explicação do porquê filhos de mães diabéticas têm maiores chances de desenvolver a doença: talvez o metabolismo da mãe “molde” de maneira errada a resposta do cérebro dos filhos à ação da insulina. Isto, por sua vez, aumentaria as chances de condições como o sobrepeso e o diabetes surgirem mais para a frente na vida.

“Esta descoberta é evidência de um efeito direto do metabolismo da mãe na atividade cerebral dos fetos e sugere que a resistência à insulina no sistema nervoso central pode ser programada durante o desenvolvimento fetal”, escreveram os autores.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Veja também!

Remissão do diabetes tipo 2 é uma realidade cada vez mais frequente, afirmam entidades médicas

Um dos termos mais procurados junto com “diabetes” é “cura“. Afina…