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Garotinha faz sucesso com campanha por “boneca diabética”

Após ser diagnosticada com diabetes tipo 1 e perceber que não havia acessórios para sua bonecas, menina cria campanha na internet e mobiliza fabricante de brinquedos.

A garotinha Anja, de 11 anos, em vídeo de sua campanha.

As bonecas da marca American Girl (“menina americana”) são a última moda em brinquedos nos EUA e já conquistaram o espaço de bonecas consagradas, como as Barbies, no coração das meninas de lá. Criadas para que representem a maior variedade possível de pessoas, as American Girls, porém, ainda não possuem acessórios que as identifiquem como tendo diabetes. Esta história pode estar prestes a mudar através do trabalho de uma jovem diabética.

Anja Busse tem 11 anos de idade e foi diagnosticada com diabetes tipo 1 em dezembro do ano passado. Desde então, conta a menina, sua vida mudou completamente. Ela deseja que suas maiores amiguinhas, suas duas bonecas American Girl, acompanhem-na nesta jornada. Por isso, criou uma campanha na internet para que a fabricante crie bombas de insulina e demais acessórios relacionados ao diabetes para elas.

“Eu me sinto tão diferente agora e minha vida inteira virou de cabeça para baixo. Eu quero ter acessórios de diabéticos para minhas bonecas American Girl, assim elas serão iguaizinhas a mim”, diz Anja na petição online que criou no site Change.org.

“Eu só quero que todo mundo se sinta bem consigo mesmo, não importa se tenham uma deficiência, cegueira, surdez, diabetes, e tantas outras coisas! O importante é se sentir bem com você mesmo!”, explica a menina.

A petição é destinada à vice presidente da marca e já alcançou mais de 2000 assinaturas. Anja até mesmo já protagonizou entrevistas na televisão norte-americana sobre o assunto.

 

OS MOTIVOS DA FAMA E DO SUCESSO DAS “AMERICAN GIRLS”

É bem provável que a petição surta efeito.

A marca American Girl tem como diferencial produzir bonecas grandes (cerca de 45 cm de altura), extremamente bem feitas e que possuem uma gama muito diversa de roupas e acessórios. As lojas da American Girl são verdadeiros templos de consumo infantil, no qual se pode adquirir livros que contam a história de cada boneca, roupas para as “donas” iguais às das bonecas e, até mesmo, tomar um lanche especial com os brinquedos. Cada boneca custa cerca de R$200, porém estima-se que uma visita “completa” em uma loja da marca (incluindo o lanchinho) não saia por menos de R$1000.

(Veja no vídeo a seguir um pouquinho de como é uma loja American Girl)

http://www.youtube.com/watch?v=P8_ORqVIiqA

Além disso, a diversidade sempre foi um ponto forte da empresa. Existem bonecas American Girl de todas as etnias (negras, brancas, asiáticas, latinas etc.) e, também, bonecas especiais que representam doenças que podem acometer o público infantil. Por exemplo, há uma boneca careca para representar crianças com câncer. Pode-se adquirir, também, cadeiras de rodas para as bonecas ou comprar “injeções contra alergias” em miniatura. A idéia é que a boneca represente, ao máximo, sua dona.

Porém, não existe nada similar para as crianças que estão com diabetes.

A mãe de Anja contou que, quando a filha foi diagnosticada no hospital, os médicos mandaram-na pra casa com um monte de livros sobre a doença, mas “nada de divertido”. Mãe e filha concordam que está na hora do diabetes entram também na brincadeira.

 

 

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