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Praticar exercícios físicos com frequência evita problemas cardiovasculares em pessoas com diabetes tipo 2

Risco de morte cardiovascular pode ser até 70% menor, aponta estudo.

Evitar a vida sedentária é fundamental para pessoas com diabetes
Evitar a vida sedentária é fundamental para pessoas com diabetes Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Agencia RBS

O risco de desenvolver complicações em pessoas com diabetes tipo 2 está diretamente relacionado com a frequência e duração do exercício físico, aponta um amplo estudo divulgado nesta quinta-feira, Dia Mundial do Diabetes. Os resultados indicam que pessoas com baixo nível de atividades físicas apresentam um risco 70% maior de morte cardiovascular que aqueles com níveis mais elevados.

Estudos têm mostrado que, indiscutivelmente, pessoas diagnosticadas com diabetes tipo 2 são têm até cinco vezes mais chances de desenvolver alguma doença cardíaca ou um acidente vascular cerebral que pessoas saudáveis. Os principais fatores que desencadeiam os problemas também já foram claramente identificados: idade, histórico familiar e obesidade. Por isso, manter uma dieta saudável, perder peso e praticar exercícios físicos regularmente são as primeiras medidas a serem tomadas.

Outros estudos também têm apontado que a atividade física está diretamente relacionada com o risco de doença cardiovascular e a mortalidade em todos os grupos populacionais. Por exemplo: uma pesquisa desenvolvida em 2007 pelo Instituto Nacional de Saúde dos EUA descobriu que atividades moderadas (realizadas por pelo menos de 30 minutos na maioria dos dias da semana) ou de atividades mais intensas (realizadas por pelo menos 20 minutos, três vezes por semana) estão relacionadas a uma diminuição de 27 ou 32% no risco global de mortalidade, respectivamente.

Nesta quinta-feira, Dia Mundial do Diabetes, um novo estudo de acompanhamento de um grande grupo sueco que investiga o diabetes tipo 2 mostra que pessoas que praticam atividades físicas em nível baixo apresentam um risco consideravelmente maior de doenças cardiovasculares que aquelas que realizam níveis mais elevados. O estudo foi publicado no Jornal Europeu de Cardiologia Preventiva.

O estudo considerou como baixo nível de atividades física a prática de exercícios por até duas vezes por semana, durante 30 minutos. O nível alto foi definido como três vezes ou mais por semana. O grupo analisado compreendia um total de 15.462 pessoas, sendo 6963 realizando atividades de baixo nível e 8499 de alto nível, com idade média de 60 anos. Elas foram acompanhadas por cinco anos ou até o primeiro evento cardiovascular ou morte.

Os resultados mostraram que aqueles no grupo de atividade de baixo nível tiveram um risco 25% maior de eventos coronários e cardiovascular que aqueles no grupo de maior atividades, e um risco 70% mais elevado de um evento cardiovascular fatal.

— A atividade física regular é uma parte importante do plano de gerenciamento de diabetes e estes resultados reforçam a importância de implementar a atividade física regular como parte das medidas de estilo de vida — dizem os investigadores.

O principal autor do estudo, Björn Zethelius, da Universidade de Uppsala, na Suécia, afirmou:

— A mensagem deste estudo é clara: evite uma vida sedentária. Envolver-se em atividade física, ao lado de dieta , são a pedra angular do tratamento do diabetes tipo 2. Se você está atualmente em um baixo nível de atividade física, faça mais.

Zethelius acrescentou que o aumento da atividade física entre as pessoas com diabetes tipo 2 tem importantes implicações para a saúde pública, simplesmente por causa do aumento da prevalência da doença.

 

Fonte: Zero Hora

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