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Óleo de peixe ajuda a prevenir diabetes tipo 2

Suplemento rico em ômega-3 eleva nível de hormônio que controla açúcar no sangue.

Uma nova pesquisa desenvolvida pela Universidade de Harvard descobriu que os suplementos de óleo de peixe podem reduzir o risco de diabetes tipo 2. Isso acontece porque o ômega-3 presente nas cápsulas aumentam os níveis de um hormônio chamado adiponectina, que está ligado a sensibilidade à insulina. Altos níveis desse hormônio no sangue também têm sido associados a um menor risco de doença cardíaca. Os resultados estão previstos para publicação no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism.

Os autores fizeram uma revisão de 14 ensaios clínicos envolvendo ao todo 682 pessoas que tomaram suplementos de óleo de peixe e 641 que receberam placebos, como girassol ou azeite de oliva. Entre as pessoas tratadas com óleo de peixe, os níveis de adiponectina aumentaram 0,37 microgramas por mililitro de sangue. Este hormônio tem um papel benéfico em processos que afetam o metabolismo, como a regulação do açúcar no sangue e processos inflamatórios.

Devido aos efeitos do óleo de peixe terem variado nos estudos analisados, os pesquisadores sugeriram que os ácidos graxos ômega-3 podem ter um efeito mais forte em certos grupos de pessoas. Os investigadores concluíram, portanto, que a pesquisa não prova uma relação de causa e efeito, e que são necessários mais estudos para determinar quais as pessoas se beneficiariam mais de suplementos de óleo de peixe.Sete hábitos que previnem o diabetes

Quase 6% dos brasileiros têm diabetes, aponta o Ministério da Saúde. Os dados mostram que nem mesmo o avanço da medicina – que recentemente incluiu a cirurgia bariátrica entre as opções de tratamento – foi capaz de acompanhar os crescentes números dessa doença crônica. A solução? Apostar na prevenção. Vale lembrar que isso não é possível no caso do diabetes tipo 1, pois a não produção de insulina pelo corpo ainda tem causa desconhecida e costuma surgir na infância. Entretanto, a grande preocupação mesmo é o diabetes tipo 2, em que o organismo desenvolve resistência à insulina. Neste caso, é possível se prevenir adotando uma vida saudável. Confira a seguir as recomendações de especialistas para se proteger contra esse mal:

Tenha uma alimentação equilibrada

“A alimentação é um dos pilares mais importantes na prevenção do diabetes”, afirma o endocrinologista Fádlo Fraige, presidente da Associação Nacional de Assistência ao Diabético (Anad). Isso porque o excesso de peso é um fator de risco para a doença. “Ingerindo mais calorias do que se gasta, a tendência é que o ponteiro da balança suba”, explica. Por isso, elabore refeições ricas em verduras, legumes e frutas e modere no consumo de carboidratos e proteínas.

Afaste o sedentarismo

De acordo com o endocrinologista Balduíno Tschiedel, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, exercícios também são fundamentais para ficar longe do diabetes tipo 2. Mas fique tranquilo. Ninguém precisa fazer uma grande mudança na rotina para atender a esse quesito. “Cerca de 30 minutos de caminhada diariamente já é o bastante para afastar o risco de desenvolver a doença”, aponta o especialista. Se possível, entretanto, associe exercícios aeróbicos com atividades que exigem força muscular para queimar calorias e definir o corpo.

Cuide do peso

“O excesso de peso faz com que os tecidos do organismo não consigam captar glicose, apesar da ação da insulina”, afirma o endocrinologista Fádlo. Ele explica que a insulina é um hormônio que tem como principal função abrir uma porta de entrada nos tecidos para a absorção da glicose. Por esse motivo, a cirurgia bariátrica se tornou uma boa opção para quem sofre de obesidade e diabetes. Afinal, por meio dela há redução brusca do peso e, consequentemente, melhor captação de glicose.

Maneire no açúcar

Que fique bem claro: comer doce não causa diabetes. “O que favorece o diabetes é o sobrepeso e a obesidade, que podem acontecer graças à ingestão excessiva de doces”, explica o endocrinologista Balduíno. Por isso, maneire no consumo. A recomendação merece atenção especial apenas por quem já é portador do diabetes. “Neste caso, a taxa de glicose no sangue pode ficar muito alta, ocasionando a chamada hiperglicemia”, complementa.

Não esqueça dos check-ups

O diagnóstico do diabetes muitas vezes é feito quando médicos diversos, como ginecologistas, solicitam uma bateria de exames. Mas ao invés de depender desses especialistas, que tal definir uma data para realizar seus check-ups médicos anualmente? “Dentre os exames solicitados costuma aparecer o de glicemia de jejum e, caso haja suspeita de diabetes, um teste de hemoglobina glicada”, explica o endocrinologista Fádlo. O primeiro indica as taxas de açúcar no sangue no momento do exame. O segundo, esses mesmos índices nos últimos 90 dias.

Investigue casos na família

O risco de desenvolver diabetes também aumenta caso o indivíduo tenha familiares portadores da doença. Por isso, buscar saber tais informações pode ser extremamente importante. “Neste caso, o paciente deve realizar o exames de check-up com maior frequência”, aponta o endocrinologista Balduíno.

Contorne o pré-diabetes

Ouvir do médico que você tem pré-diabetes não é sentença, é um alerta. “Ainda é possível reverter casos nesse estágio, desde que o paciente se dedique”, aponta o endocrinologista Balduíno. Comece a mudança buscando elaborar um cardápio com um nutricionista e estipulando uma rotina de exercícios com um personal trainer.

Fonte: MidiaNews

 

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