Nova promessa das piscinas (e diabético tipo 1!) ganha ouro
Matheus Santana, jovem nadador considerado o “novo Cielo” e diabético há 9 anos, vence competição internacional com tempo recorde.
Matheus Santana é um nome que, se você ainda não ouviu, certamente escutará muito durante os próximos anos. O jovem de apenas 17 anos já é chamado de “o novo Cielo” (em referência ao campeão olímpico César Cielo) – e com bons motivos! Matheus vem, ao longo dos últimos dois anos, baixando constantemente os recordes juvenis de várias modalidades da natação e que antes pertenciam a Cielo. Além disso, na última semana, ganhou uma medalha de ouro nos Jogos Sul-Americanos de natação – fazendo o oitavo melhor tempo do mundo em 2014. E tudo mesmo apesar do seu diabetes tipo 1!
Matheus começou a nadar aos cinco anos de idade, devido a problemas respiratórios. Três anos depois, foi diagnosticado com diabetes tipo 1. Nesta época, a piscina já fazia parte da rotina do garoto e ele decidiu não abdicar dela para tratar a doença.
O esforço valeu a pena. O talento de Matheus dentro d’água é indiscutível e tem rendido bons frutos. Em 2011, ele venceu o Troféu Chico Piscina, ficando com tempo poucos décimos de segundo abaixo do recorde do torneio. No ano seguinte, foi à Grécia participar da competição juvenil internacional Multinations. E venceu, batendo o recorde dos jogos para os 100m livres.
Tanto sucesso garantiu apoio de alguns dos melhores treinadores de natação do mundo. A meta agora é treiná-lo para que possa fazer parte da equipe masculina brasileira nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.
E O DIABETES TIPO 1, AJUDA OU ATRAPALHA MATHEUS DURANTE AS PROVAS E TREINAMENTOS?
Por um lado, atrapalha. No último ano, ele não pode participar do Mundial Juvenil em Dubai porque estava com a glicemia fora de controle…
Porém, por outro lado, ter diabetes é uma ajuda e tanto na hora de ser um campeão. Explica Matheus, em entrevista ao site GloboEsporte.com: “Tanto no meio esportivo quanto na doença, no caso a diabetes, você tem que ter muita disciplina. E isso até ajuda um pouco, porque eu tenho que tomar meu remédio na hora certa, treinar na hora certa, dormir na hora certa”.
O treinador do garoto, Rodrigo Roque, conta: “A gente fica preocupado com a questão dos horários em competições que acabam mudando o horário de alimentação, de descanso. Só tentamos fazer com que ele não esqueça de medir a glicose por causa da correria”.
Para controlar corretamente a glicemia, o jovem campeão leva diariamente para os treinamentos sua insulina. Ele injeta quatro vezes ao dia o hormônio. E isto se tornou tão corriqueiro, tão “rotina” que nem influencia negativamente o ritmo de treinos, muito menos seus sonhos.
“Hoje tenho certeza que quero ser nadador. O meu objetivo principal é ser o melhor do mundo nas minhas provas, ser campeão olímpico. Até 2016, vou treinar e me esforçar ao máximo, tentando sempre me manter na ponta nos campeonatos nacionais. Não tenho certeza se vai dar para pegar medalha já em 2016, mas vou estar na briga”, disse nosso futuro campeão olímpico!
Remissão do diabetes tipo 2 é uma realidade cada vez mais frequente, afirmam entidades médicas
Um dos termos mais procurados junto com “diabetes” é “cura“. Afina…