Miseráveis encontros entre motoristas diabéticos e a polícia
Às vezes é complicado ser um bom cidadão – e diabético – perante a polícia rodoviária
Mês passado, Adam Greene foi pego no flagra por policiais da cidade de Henderson, em Nevada, EUA, dirigindo erraticamente às 4 da manhã – e por “erraticamente” entenda atravessando loucamente as faixas da rodovia sem o menor pudor. Concluindo que se tratava de mais um perigoso bêbado ao volante, os patrulheiros perseguiram o carro e conseguiram para-lo. Pediram polidamente que Adam saísse do carro. Como ele não realizou tal ação e parecia que não estava a fim de realizá-la, os policiais, mantendo-se educados e respeitosos, arrancaram o motorista do veículo, meteram o joelho em sua coluna a fim de erguer seus braços, quebrando uma costela no processo, e o derrubaram no chão com um chute no rosto. Finalmente domesticado, Adam Greene estava a ponto de ser preso quando alguém percebeu uma coisa estranha em seus bolsos – potinhos de insulina.
“Chamem os médicos! (…) Nós achamos insulina nos bolsos dele…ele está semiconsciente. (…) Ele é diabético, provavelmente está em choque.” – disse um dos oficiais presentes no ringue de asfalto.
De fato, Adam encontrava-se em choque diabético, condição que ocorre quando a hipoglicemia atinge níveis críticos e que pode ser confundida com efeitos alcoólicos severos por pessoas mal treinadas. Este mal treinamento policial custou à cidade de Henderson quase 300 mil dólares em indenização para o senhor Greene.
O senhor Gävlebon, da Suécia, teve menos sorte. Também diabético, foi pego em um acesso de hipoglicemia, enquanto dirigia, pela polícia rodoviária do país nórdico. Só que o dirigir errático do diabético não havia sido causado pela falta de açúcar na corrente sangüínea: sentindo que sua glicemia diminuia, Gävlebon decidiu ingerir a única coisa que tinha em mãos que continha açúcar. No caso, tratava-se de duas latinhas de cerveja. Melhor dirigir com o álcool de duas latinhas do que em choque diabético, correto? A polícia sueca não concordou, e Gävlebon, apesar das suas boníssimas intenções, vai passar o mês de março – o último do cobiçado verão sueco – na cadeia!
Mais informações sobre o caso Gävlebon aqui e sobre o caso Greene neste link.
Fotos: The Blaze.com
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